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Dólar e Bovespa recuam com atenções voltadas para EUA

Já é a sexta sessão consecutiva em que a moeda norte-americana perde valor, com a ameaça da Bovespa em ficar abaixo dos 59 mil pontos

O Banco Central, reforçando a política de intervenção, fará uma pesquisa de demanda por swap cambial reverso no fim da tarde (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 13h11.

São Paulo - O dólar seguia ladeira abaixo no Brasil nesta terça-feira, enquanto a Bovespa ameaçava perder os 59 mil pontos em mais um dia de preocupações com a questão de dívida nos Estados Unidos.

No front doméstico, o mercado se dividia entre os números do setor externo, fluxo cambial e declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o atual cenário macroeconômico local e mundial.

Em apresentação no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Mantega disse que a economia brasileira está sólida e a inflação está controlada. O ministro destacou ainda que o governo não se deixará vencer pelo que chamou de guerra cambial.

Os comentários de Mantega vieram em mais um dia de forte baixa do dólar, que renovava as mínimas em 12 antes frente ao real. Já é a sexta sessão consecutiva em que a moeda norte-americana perde valor, o que tem alimentado expectativas de que a equipe econômica anuncie em breve medidas cambiais.

O BC, reforçando a política de intervenção, fará uma pesquisa de demanda por swap cambial reverso no fim da tarde. O BC já fez uma compra a termo e uma à vista nesta manhã.

Meia hora antes de o ministro começar a falar, o Banco Central divulgou que o déficit em transações correntes de junho ficou em 3,3 bilhões de dólares, bem abaixo do registrado em junho do ano passado, de 5,273 bilhões de dólares, refletindo uma melhora no saldo comercial.

No mês passado, os investimentos estrangeiros diretos no país somaram 5,467 bilhões de dólares no mês passado.

O BC atualizou ainda suas projeções para o déficit em transações correntes para julho. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, o saldo negativo fique em 2,9 bilhões de dólares neste mês. Esse déficit deve ser totalmente coberto pelo investimento estrangeiro direto (IED), que deve somar 4 bilhões de dólares no mês.

Por fim, Maciel revelou que o fluxo cambial estava positivo em 10,870 bilhões de dólares em julho até o dia 22. Destaque para a queda a 8,127 bilhões de dólares das posições vendidas em dólar no mercado à vista naquele dia, após o BC aumentar a exigência de depósito compulsório.


A pauta doméstica contou ainda com a confiança do consumidor brasileiro medida pela Fundação Getúlio Vargas, que aumentou 5,4 por cento em julho, atingindo o maior patamar da série histórica iniciada em setembro de 2005.

O dado favorecia leve alta em alguns contratos de DI, que em sua maioria pouco mexiam, com investidores aguardando a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para quinta-feira.

Do lado acionário, os agentes seguiam atentos ao ambiente cauteloso no exterior, faltando poucos dias para que o governo dos Estados Unidos fique sem dinheiro para honrar seus compromissos.

Parlamentares e o presidente Barack Obama ainda não chegaram a um consenso sobre como elevar o teto da dívida dos EUA, hoje em 14,3 trilhões de dólares. O mercado teme que o fracasso num acordo possa provocar um calote da dívida norte-americana.

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São Paulo - O dólar seguia ladeira abaixo no Brasil nesta terça-feira, enquanto a Bovespa ameaçava perder os 59 mil pontos em mais um dia de preocupações com a questão de dívida nos Estados Unidos.

No front doméstico, o mercado se dividia entre os números do setor externo, fluxo cambial e declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o atual cenário macroeconômico local e mundial.

Em apresentação no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Mantega disse que a economia brasileira está sólida e a inflação está controlada. O ministro destacou ainda que o governo não se deixará vencer pelo que chamou de guerra cambial.

Os comentários de Mantega vieram em mais um dia de forte baixa do dólar, que renovava as mínimas em 12 antes frente ao real. Já é a sexta sessão consecutiva em que a moeda norte-americana perde valor, o que tem alimentado expectativas de que a equipe econômica anuncie em breve medidas cambiais.

O BC, reforçando a política de intervenção, fará uma pesquisa de demanda por swap cambial reverso no fim da tarde. O BC já fez uma compra a termo e uma à vista nesta manhã.

Meia hora antes de o ministro começar a falar, o Banco Central divulgou que o déficit em transações correntes de junho ficou em 3,3 bilhões de dólares, bem abaixo do registrado em junho do ano passado, de 5,273 bilhões de dólares, refletindo uma melhora no saldo comercial.

No mês passado, os investimentos estrangeiros diretos no país somaram 5,467 bilhões de dólares no mês passado.

O BC atualizou ainda suas projeções para o déficit em transações correntes para julho. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, o saldo negativo fique em 2,9 bilhões de dólares neste mês. Esse déficit deve ser totalmente coberto pelo investimento estrangeiro direto (IED), que deve somar 4 bilhões de dólares no mês.

Por fim, Maciel revelou que o fluxo cambial estava positivo em 10,870 bilhões de dólares em julho até o dia 22. Destaque para a queda a 8,127 bilhões de dólares das posições vendidas em dólar no mercado à vista naquele dia, após o BC aumentar a exigência de depósito compulsório.


A pauta doméstica contou ainda com a confiança do consumidor brasileiro medida pela Fundação Getúlio Vargas, que aumentou 5,4 por cento em julho, atingindo o maior patamar da série histórica iniciada em setembro de 2005.

O dado favorecia leve alta em alguns contratos de DI, que em sua maioria pouco mexiam, com investidores aguardando a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para quinta-feira.

Do lado acionário, os agentes seguiam atentos ao ambiente cauteloso no exterior, faltando poucos dias para que o governo dos Estados Unidos fique sem dinheiro para honrar seus compromissos.

Parlamentares e o presidente Barack Obama ainda não chegaram a um consenso sobre como elevar o teto da dívida dos EUA, hoje em 14,3 trilhões de dólares. O mercado teme que o fracasso num acordo possa provocar um calote da dívida norte-americana.

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