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Dólar descola do exterior e tem leve queda atento ao BC

O ministro da Fazenda expressou que o Brasil não permitirá uma valorização excessiva do real e que o governo poderá usar impostos de capital de curto prazo se necessário

Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 12h00.

São Paulo - O mercado de câmbio doméstico seguia alheio a eventos e indicadores no exterior e rondava a estabilidade ante o real nesta quinta-feira, refletindo o respeito dos investidores à vigilância das autoridades brasileiras Ao piso informal de 2 reais.

Às 11h45, a moeda norte-americana tinha oscilação negativa de 0,07 por cento, para 2,0216 reais na venda. Ante a uma cesta de moedas, o dólar tinha queda de 0,55 por cento.

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"Não vai para cima, nem vai para baixo. O mercado está engessado nesse nível pois sabe que quanto mais perto de 2 reais, maior é a possibilidade de intervenção do Banco Central", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

Em meados de setembro, quando o dólar ameaçou cair abaixo de 2 reais diante de uma melhora do cenário internacional, o BC atuou com força e puxou a moeda acima desse nível. O governo brasileiro também ameaçou ser mais agressivo para combater a valorização do real.

"Toda vez que o mercado tenta se valorizar, vem o Mantega e fala que a taxa é boa, competitiva, que não pode cair. Então o mercado fica em estado de alerta", disse o gerente, referindo-se ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O ministro da Fazenda expressou no final de setembro que o Brasil não permitirá uma valorização excessiva do real e que o governo poderá usar impostos de capital de curto prazo se necessário.

"Esse cercamento do governo em relação ao câmbio --que era flutuante até então-- deixa o pessoal com receio de vir para cá, que fica com medo de impostos e regulações mais fortes", afirmou Galhardo No exterior, comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, animavam os investidores, e o euro avançava mais de 0,6 por cento em relação ao dólar.

Draghi reafirmou o compromisso da autoridade monetária de preservar o sistema monetário da região e a sua moeda, dizendo novamente que o euro é irreversível. Ele disse ainda que o BCE está pronto para iniciar seu programa de compra de ativos para diminuir os custos de empréstimo de países endividados.

Dados positivos da economia norte-americana também ajudavam a sustentar o sentimento. O número de pedidos de auxílio-desemprego subiu menos que o esperado, mostrando aumento de 4 mil, para 367 mil na semana passada.

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