São Paulo - O dólar comercial caiu 0,31% hoje e fechou as negociações no mercado interbancário de câmbio cotado a R$ 1,605. A taxa máxima da sessão foi de R$ 1,616 e a mínima, R$ 1,601. Em agosto, o dólar acumula alta de 3,35% e no ano, queda de 3,55%. O dólar à vista negociado na BM&F caiu 0,58% e fechou a sexta-feira a R$ 1,6027. Já o euro comercial subiu 0,43% hoje, cotado a R$ 2,324.

O Banco Central fez um leilão diário de compra de dólar no mercado à vista, no qual definiu a taxa de corte em R$ 1,6099.

Pela manhã, a volatilidade predominou no mercado de câmbio, em que o dólar chegou a subir após o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, não anunciar uma terceira rodada de estímulo à economia, como especulava-se que poderia fazer. Sem dar detalhes, Bernanke disse apenas que a instituição possui "uma série de ferramentas" para impulsionar a economia e que o Fed realizará a reunião de meados de setembro em dois dias, em vez de apenas um, para discutir as opções. Essa sinalização levou os investidores a transferir suas expectativas sobre um eventual novo estímulo à economia dos EUA para essa reunião e também induziu vendas de dólares e busca por ativos de maior risco - movimento que tirou força da moeda norte-americana no mercado global, incluindo o Brasil.

Na Europa, o banco suíço UBS informou que pode começar em breve a cobrar uma tarifa temporária sobre os depósitos em franco suíço, como uma forma de encorajar seus clientes a manter suas reservas em franco no menor nível possível. O banco central suíço negou que tivesse pedido ao UBS uma ação nesse sentido. De todo modo, os investidores adotaram a cautela e migraram para a coroa dinamarquesa, que recentemente tem atraído fluxos em busca de segurança, além do dólar e do euro, que subiram ante o franco suíço.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, a cotação do dólar recuou 0,18% hoje para R$ 1,677 na venda e R$ 1,557 na compra. O euro turismo subiu 0,42% para R$ 2,413 na venda e R$ 2,223 na compra.