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Dólar chega a subir 2% e encosta em R$ 2,75

A moeda americana reage à intensa aversão ao risco nos mercados globais

Notas de dólar: às 11h07, a moeda norte-americana subia 1,58%, a 2,7277 reais na venda, após subir 2,23%, a 2,7452 reais, na máxima (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 10h17.

O dólar chegou a saltar 2 por cento sobre o real nesta terça-feira, reagindo à intensa aversão ao risco nos mercados globais, que subiu mais um degrau após a forte alta dos juros da Rússia na noite passada se mostrar insuficiente para evitar o tombo do rublo.

O mau humor externo também continuava sendo alimentado pela constante queda nos preços do petróleo, em meio ao cenário de economia global fraca.

Às 11h07, a moeda norte-americana subia 1,58 por cento, a 2,7277 reais na venda, após subir 2,23 por cento, a 2,7452 reais, na máxima da sessão, maior nível intradia desde 28 de março de 2005 (2,7500 reais).

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 100 milhões de dólares.

"O cenário externo está bastante pressionado, com essa história da Rússia, e isso dá mais impulso para o dólar continuar a trajetória de alta aqui", disse o operador de câmbio da corretora B&T, Marcos Trabbold.

O dólar disparava cerca de 10 por cento contra o rublo nesta sessão, mesmo após o banco central da Rússia elevar sua taxa básica de juros a 17 por cento, ante 10,5 por cento. A decisão deu força à aversão global a risco, com os investidores buscando aplicações consideradas mais seguras, em meio à forte queda dos preços do petróleo .

A alta da divisa norte-americana alimentava ainda mais a ansiedade dos investidores em relação ao futuro do programa de intervenções do Banco Central brasileiro no câmbio, marcado para durar até o fim deste ano.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, já disse que o atual estoque de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, já dá conta da demanda por proteção cambial, alimentando expectativas de que a autoridade monetária pode reduzir sua presença no mercado no ano que vem.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a 196,6 milhões de dólares. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de setembro e 2 mil para 1º de dezembro de 2015.

O BC fará também mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de janeiro, que equivalem a 9,827 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 55 por cento do lote total.

Após o fechamento da véspera, o BC anunciou ainda para esta sessão leilão de venda de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra em 2 de junho de 2015. A oferta acontecerá entre 15h e 15h05.

"Mesmo se o exterior estivesse tranquilo, o dólar provavelmente continuaria subindo. O mercado não vai respirar aliviado até saber o que vai acontecer com o programa do BC no ano que vem", disse o operador de um importante banco nacional.

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O dólar chegou a saltar 2 por cento sobre o real nesta terça-feira, reagindo à intensa aversão ao risco nos mercados globais, que subiu mais um degrau após a forte alta dos juros da Rússia na noite passada se mostrar insuficiente para evitar o tombo do rublo.

O mau humor externo também continuava sendo alimentado pela constante queda nos preços do petróleo, em meio ao cenário de economia global fraca.

Às 11h07, a moeda norte-americana subia 1,58 por cento, a 2,7277 reais na venda, após subir 2,23 por cento, a 2,7452 reais, na máxima da sessão, maior nível intradia desde 28 de março de 2005 (2,7500 reais).

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 100 milhões de dólares.

"O cenário externo está bastante pressionado, com essa história da Rússia, e isso dá mais impulso para o dólar continuar a trajetória de alta aqui", disse o operador de câmbio da corretora B&T, Marcos Trabbold.

O dólar disparava cerca de 10 por cento contra o rublo nesta sessão, mesmo após o banco central da Rússia elevar sua taxa básica de juros a 17 por cento, ante 10,5 por cento. A decisão deu força à aversão global a risco, com os investidores buscando aplicações consideradas mais seguras, em meio à forte queda dos preços do petróleo .

A alta da divisa norte-americana alimentava ainda mais a ansiedade dos investidores em relação ao futuro do programa de intervenções do Banco Central brasileiro no câmbio, marcado para durar até o fim deste ano.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, já disse que o atual estoque de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, já dá conta da demanda por proteção cambial, alimentando expectativas de que a autoridade monetária pode reduzir sua presença no mercado no ano que vem.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a 196,6 milhões de dólares. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de setembro e 2 mil para 1º de dezembro de 2015.

O BC fará também mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de janeiro, que equivalem a 9,827 bilhões de dólares, com oferta de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 55 por cento do lote total.

Após o fechamento da véspera, o BC anunciou ainda para esta sessão leilão de venda de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra em 2 de junho de 2015. A oferta acontecerá entre 15h e 15h05.

"Mesmo se o exterior estivesse tranquilo, o dólar provavelmente continuaria subindo. O mercado não vai respirar aliviado até saber o que vai acontecer com o programa do BC no ano que vem", disse o operador de um importante banco nacional.

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