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Dólar cai pelo 4º dia seguido com reforma da Previdência

Na reta final do pregão, o dólar passou a cair sobre o real após a notícia de que o PMDB fechou questão a favor da reforma da Previdência

Dólar: "O mercado vê como positiva a articulação para a reforma ser votada neste ano" (Ricardo Moraes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 17h40.

São Paulo - O dólar registrou leve queda ante o real nesta quarta-feira, marcando o quarto pregão seguido de perdas, com os investidores menos preocupados com as negociações do governo para conquistar apoio político necessário para a votação da reforma da Previdência ainda neste ano na Câmara dos Deputados.

O dólar recuou 0,11 por cento, a 3,2305 reais na venda, acumulando desvalorização de 1,26 por cento em quatro pregões. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,25 por cento no final da tarde.

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"O mercado se animou com o PMDB porque, à medida que vai avançando a negociação com os partidos, crescem as expectativas de que a reforma vai ser aprovada este ano", disse o operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado.

Na reta final deste pregão, o dólar passou a cair sobre o real após a notícia de que o PMDB, partido do presidente Michel Temer, fechou questão a favor da reforma da Previdência. Ou seja, obriga que os deputados da legenda votem a favor da matéria, sob risco de punições caso contrário.

O movimento foi visto como importante para levar outros partidos da base aliada a adotarem a mesma posição. O governo tem feito esforços para garantir apoio político para a reforma.

Temer se reuniu com líderes de partidos da base nesta manhã para fazer avaliação dos votos que o governo tem. Após o encontro, integrantes da base governista avaliaram que o clima entre os aliados mudou, a resistência diminuiu e a reforma teria chances de ser votada na próxima terça-feira na Câmara dos Deputados.

Como o trabalho de convencimento tem sido árduo, inclusive envolvendo verbas extras por meio de emendas parlamentares, o mercado passou o dia mais cauteloso. O dólar chegou a subir a 3,2506 reais na máxima do dia, movimento que perdeu força de vez no final dos negócios.

"O mercado vê como positiva a articulação para a reforma ser votada neste ano, mas como não há certeza de nada, fica arisco", afirmou mais cedo o gerente de Tesouraria do Banco Confidence, Felipe Pellegrini. "A instabilidade é comum quando o mercado não consegue fazer uma previsão forte", acrescentou.

A reforma da Previdência é tida como fundamental pelos agentes econômicos para colocar as contas públicas do país em ordem.

O Banco Central vendeu o total de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de janeiro. Até agora, rolou o equivalente a 2,8 bilhões de dólares do total de 9,638 bilhões de dólares que vencem no mês que vem.

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