Dólar cai mais de 1%, de olho em política local
A decisão veio após o governo ser derrotado no primeiro teste envolvendo o impeachment
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 09h51.
São Paulo - O dólar recuava mais de 1 por cento sobre o real nesta quarta-feira, com investidores recebendo bem a rejeição da chapa governista na eleição dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff .
O bom humor permanecia mesmo depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspender temporariamente a formação da comissão.
Às 10:33, o dólar recuava 1,12 por cento, a 3,7675 reais na venda. A divisa norte-americana também perdia terreno contra algumas moedas emergentes, conforme os preços do petróleo se recuperavam após a forte queda da véspera.
"O mercado está focando na leitura de que os acontecimentos de ontem são uma derrota para o governo, o que seria positivo para o mercado financeiro", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa. "Mas ainda é muito cedo, muito precoce fazer uma avaliação de médio prazo. A volatilidade vai ser alta".
Na véspera, o governo foi derrotado no primeiro teste envolvendo a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, com a rejeição da chapa governista na eleição para os membros da comissão especial que analisará o assunto na Casa.
Mesmo a suspensão da formação da comissão pelo STF não era forte o suficiente para evitar a queda do dólar, pois a maioria dos operadores acreditava que o processo de impeachment deve ser retomado normalmente em seguida.
"O país vai ficar parado por uma semana e isso é ruim. Mas, ao que tudo indica, é só um atraso", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao fato de Fachin ter determinado a suspensão da medida da Câmara até decisão do plenário do STF, prevista para 16 de dezembro.
O mercado tem reagido de forma positiva a notícias que fortalecem as chances de impeachment, apostando que mudanças no Palácio do Planalto poderiam ajudar a recuperação econômica.
No entanto, muitos operadores ressaltam que a instabilidade política pode paralisar o ajuste fiscal e até provocar a perda do selo de bom pagador do país por outras agências de classificação de risco além da S&P.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
Texto atualizado às 10h51.
São Paulo - O dólar recuava mais de 1 por cento sobre o real nesta quarta-feira, com investidores recebendo bem a rejeição da chapa governista na eleição dos membros da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff .
O bom humor permanecia mesmo depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspender temporariamente a formação da comissão.
Às 10:33, o dólar recuava 1,12 por cento, a 3,7675 reais na venda. A divisa norte-americana também perdia terreno contra algumas moedas emergentes, conforme os preços do petróleo se recuperavam após a forte queda da véspera.
"O mercado está focando na leitura de que os acontecimentos de ontem são uma derrota para o governo, o que seria positivo para o mercado financeiro", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa. "Mas ainda é muito cedo, muito precoce fazer uma avaliação de médio prazo. A volatilidade vai ser alta".
Na véspera, o governo foi derrotado no primeiro teste envolvendo a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, com a rejeição da chapa governista na eleição para os membros da comissão especial que analisará o assunto na Casa.
Mesmo a suspensão da formação da comissão pelo STF não era forte o suficiente para evitar a queda do dólar, pois a maioria dos operadores acreditava que o processo de impeachment deve ser retomado normalmente em seguida.
"O país vai ficar parado por uma semana e isso é ruim. Mas, ao que tudo indica, é só um atraso", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se ao fato de Fachin ter determinado a suspensão da medida da Câmara até decisão do plenário do STF, prevista para 16 de dezembro.
O mercado tem reagido de forma positiva a notícias que fortalecem as chances de impeachment, apostando que mudanças no Palácio do Planalto poderiam ajudar a recuperação econômica.
No entanto, muitos operadores ressaltam que a instabilidade política pode paralisar o ajuste fiscal e até provocar a perda do selo de bom pagador do país por outras agências de classificação de risco além da S&P.
O Banco Central dará continuidade, pela manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, com oferta de até 11.260 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
Texto atualizado às 10h51.