Dólar cai em direção a R$3,10 com exterior e impeachment
Às 11:26, o dólar recuava 0,25 por cento, a 3,1334 reais na venda. A moeda norte-americana chegou a 3,1132 reais na mínima da sessão
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2016 às 11h52.
São Paulo - O dólar recuava a novas mínimas em mais de um ano, em direção a 3,10 reais nesta quarta-feira, acompanhando o tombo da moeda norte-americana nos mercados externos e após o Senado dar o aval à etapa final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
O movimento era contido, porém, por preocupações com as perspectivas para as contas públicas brasileiras após o governo abrir mão ainda mais das exigências no projeto de renegociação da dívida dos Estados com a União para facilitar sua aprovação.
Às 11:26, o dólar recuava 0,25 por cento, a 3,1334 reais na venda. A moeda norte-americana chegou a 3,1132 reais na mínima da sessão, o menor nível intradia desde 14 de julho de 2015 (3,1114 reais). O dólar futuro caía cerca de 0,60 por cento nesta manhã.
"O dólar não para de cair em todo o mundo e o Brasil não é exceção", resumiu o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
A demanda por ativos de alto risco nos mercados globais tem permanecido forte desde sexta-feira passada, quando dados mais fortes que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos alimentaram otimismo sobre a recuperação econômica global.
Desde então, outros indicadores econômicos em países como EUA e China vêm sustentando o bom humor e a percepção de que, mesmo com o ritmo atual de recuperação econômica, os juros norte-americanos não devem subir tão cedo.
Contribuía para o tom positivo no Brasil a aprovação do parecer pela continuidade do processo de impeachment de Dilma, afastada da Presidência desde maio.
A perspectiva de que o impeachment seja confirmado em julgamento no fim deste mês tem animado investidores, que vêm recebendo bem as promessas de contenção de gastos do presidente interino Michel Temer.
Alguns, no entanto, se preocupam com os recentes recuos do governo em relação ao ajuste fiscal, como a retirada do bloqueio a reajustes salariais ao funcionalismo público estadual em troca da renegociação da dívida dos Estados.
Ainda predomina a leitura de que o governo só terá margem de manobra suficiente para encabeçar os esforços fiscais no Congresso Nacional quando o impeachment for confirmado, no que analistas da corretora Lerosa Investimentos descreveram como uma "atitude mais pró-ativa".
"Com isso, o fluxo está garantido e as cotações podem sim romper os patamares de 3,10 reais no curto prazo", escreveram eles em nota a clientes.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
Texto atualizado às 11h51
São Paulo - O dólar recuava a novas mínimas em mais de um ano, em direção a 3,10 reais nesta quarta-feira, acompanhando o tombo da moeda norte-americana nos mercados externos e após o Senado dar o aval à etapa final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
O movimento era contido, porém, por preocupações com as perspectivas para as contas públicas brasileiras após o governo abrir mão ainda mais das exigências no projeto de renegociação da dívida dos Estados com a União para facilitar sua aprovação.
Às 11:26, o dólar recuava 0,25 por cento, a 3,1334 reais na venda. A moeda norte-americana chegou a 3,1132 reais na mínima da sessão, o menor nível intradia desde 14 de julho de 2015 (3,1114 reais). O dólar futuro caía cerca de 0,60 por cento nesta manhã.
"O dólar não para de cair em todo o mundo e o Brasil não é exceção", resumiu o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
A demanda por ativos de alto risco nos mercados globais tem permanecido forte desde sexta-feira passada, quando dados mais fortes que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos alimentaram otimismo sobre a recuperação econômica global.
Desde então, outros indicadores econômicos em países como EUA e China vêm sustentando o bom humor e a percepção de que, mesmo com o ritmo atual de recuperação econômica, os juros norte-americanos não devem subir tão cedo.
Contribuía para o tom positivo no Brasil a aprovação do parecer pela continuidade do processo de impeachment de Dilma, afastada da Presidência desde maio.
A perspectiva de que o impeachment seja confirmado em julgamento no fim deste mês tem animado investidores, que vêm recebendo bem as promessas de contenção de gastos do presidente interino Michel Temer.
Alguns, no entanto, se preocupam com os recentes recuos do governo em relação ao ajuste fiscal, como a retirada do bloqueio a reajustes salariais ao funcionalismo público estadual em troca da renegociação da dívida dos Estados.
Ainda predomina a leitura de que o governo só terá margem de manobra suficiente para encabeçar os esforços fiscais no Congresso Nacional quando o impeachment for confirmado, no que analistas da corretora Lerosa Investimentos descreveram como uma "atitude mais pró-ativa".
"Com isso, o fluxo está garantido e as cotações podem sim romper os patamares de 3,10 reais no curto prazo", escreveram eles em nota a clientes.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
Texto atualizado às 11h51