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Dólar cai 1,68%, maior queda porcentual desde maio/2012

Dólar fechou cotado a R$ 2,2290 no mercado de balcão, baixa de 1,68%, recuo bem mais forte do que verificado ante outras divisas de países ligados a commodities

Desde maio do ano passado o dólar não caía tanto em apenas uma sessão - e desta vez o Banco Central não precisou intervir (Joe Raedle/Newsmakers)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 17h35.

São Paulo - Os números divulgados na China e nos Estados Unidos abriram espaço para uma queda consistente do dólar ante o real nesta segunda-feira, 15.

Embora a moeda norte-americana tenha começado o dia em alta, em sintonia com o exterior, passou ao território negativo após o resultado fraco das vendas do varejo norte-americano em junho. Já o Produto Interno Bruto (PIB) chinês, dentro do esperado, fez vários investidores desarmarem posições de hedge (proteção) assumidas na última sexta-feira, 12, quando o crescimento do país asiático foi colocado em dúvida.

O dólar fechou cotado a R$ 2,2290 no mercado de balcão, em baixa de 1,68% - um recuo bem mais forte do que o verificado ante outras divisas de países ligados a commodities. Foi a maior queda porcentual do dólar ante o real desde 25 de maio do ano passado, quando teve retração de 1,87%.

Na máxima, a divisa dos EUA marcou R$ 2,2730 (+0,26%) no balcão e, na mínima, atingiu R$ 2,2250 (-1,85%). Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 815,9 milhões. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 2,2325, em baixa de 1,95%.

Na sessão anterior, incertezas com a economia chinesa, ampliadas por comentários do ministro das Finanças do país, Lou Jiwei, fizeram o dólar subir. Profissionais disseram que os investidores buscaram hedge no mercado futuro, antes da divulgação do PIB da China.


Na noite passada, o governo chinês informou que o PIB cresceu 7,5% no segundo trimestre do ano, em linha com o esperado, o que trouxe alívio para os mercados de vários países emergentes. No Brasil, o dólar abriu em alta, mas rapidamente reverteu, influenciado ainda pelos dados do varejo norte-americano. Em junho, o varejo do país vendeu 0,4% mais do que em maio, mas analistas esperavam elevação de 0,8%. A aparente fraqueza resgatou a percepção de que o programa de estímulos à economia dos EUA pode continuar no futuro próximo.

Chamou a atenção, porém, o fato de o recuo do dólar no Brasil ter sido mais intenso. "Houve desmonte de hedge feito na semana passada, quando os investidores esperavam os dados da China. Como vieram dentro do esperado, o pessoal se ajustou", comentou um profissional da mesa de câmbio de um grande banco. "Também apareceu bastante entrada de moeda, com o pessoal fechando exportação", acrescentou outro operador.

Desde maio do ano passado o dólar não caía tanto em apenas uma sessão - e desta vez o Banco Central não precisou intervir. O gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa, citou as medidas mais recentes da autoridade monetária para facilitar a entrada de moeda estrangeira no País. "É preciso começar a prestar atenção na medida (da última quinta-feira,11), porque pode não ter sido tão imediata, os bancos podem começar a trazer moeda para cá", declarou, em referência à maior facilidade para instituições financeiras trazerem dólares de suas matrizes no exterior.

À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) divulgou um déficit comercial de US$ 619 milhões na segunda semana de julho. O resultado, apesar de ruim, não fez preço no mercado de câmbio.

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O dólar fechou cotado a R$ 2,2290 no mercado de balcão, em baixa de 1,68% - um recuo bem mais forte do que o verificado ante outras divisas de países ligados a commodities. Foi a maior queda porcentual do dólar ante o real desde 25 de maio do ano passado, quando teve retração de 1,87%.

Na máxima, a divisa dos EUA marcou R$ 2,2730 (+0,26%) no balcão e, na mínima, atingiu R$ 2,2250 (-1,85%). Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 815,9 milhões. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 2,2325, em baixa de 1,95%.

Na sessão anterior, incertezas com a economia chinesa, ampliadas por comentários do ministro das Finanças do país, Lou Jiwei, fizeram o dólar subir. Profissionais disseram que os investidores buscaram hedge no mercado futuro, antes da divulgação do PIB da China.


Na noite passada, o governo chinês informou que o PIB cresceu 7,5% no segundo trimestre do ano, em linha com o esperado, o que trouxe alívio para os mercados de vários países emergentes. No Brasil, o dólar abriu em alta, mas rapidamente reverteu, influenciado ainda pelos dados do varejo norte-americano. Em junho, o varejo do país vendeu 0,4% mais do que em maio, mas analistas esperavam elevação de 0,8%. A aparente fraqueza resgatou a percepção de que o programa de estímulos à economia dos EUA pode continuar no futuro próximo.

Chamou a atenção, porém, o fato de o recuo do dólar no Brasil ter sido mais intenso. "Houve desmonte de hedge feito na semana passada, quando os investidores esperavam os dados da China. Como vieram dentro do esperado, o pessoal se ajustou", comentou um profissional da mesa de câmbio de um grande banco. "Também apareceu bastante entrada de moeda, com o pessoal fechando exportação", acrescentou outro operador.

Desde maio do ano passado o dólar não caía tanto em apenas uma sessão - e desta vez o Banco Central não precisou intervir. O gerente de câmbio da Correparti Corretora, João Paulo de Gracia Corrêa, citou as medidas mais recentes da autoridade monetária para facilitar a entrada de moeda estrangeira no País. "É preciso começar a prestar atenção na medida (da última quinta-feira,11), porque pode não ter sido tão imediata, os bancos podem começar a trazer moeda para cá", declarou, em referência à maior facilidade para instituições financeiras trazerem dólares de suas matrizes no exterior.

À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) divulgou um déficit comercial de US$ 619 milhões na segunda semana de julho. O resultado, apesar de ruim, não fez preço no mercado de câmbio.

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