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Dólar avança sob aversão ao risco e furacão nos EUA

Ao fim da sessão, o dólar à vista mostrou alta de 0,30% no balcão, cotado a R$ 2,0330, na máxima do dia

A moeda dos Estados Unidos se depreciou 0,30% (Mark Wilson/Getty images)
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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 17h23.

São Paulo - O cenário conturbado no exterior, em meio à cautela com a situação na zona do euro e com a iminência do furacão Sandy nos Estados Unidos, que limitou os negócios, impulsionou o dólar ante as demais divisas no exterior, o que também se refletiu no Brasil. O dólar subiu ante o real durante todo o dia, em um ambiente de liquidez reduzida.

Ao fim da sessão, o dólar à vista mostrou alta de 0,30% no balcão, cotado a R$ 2,0330, na máxima do dia. Na cotação mínima, a moeda marcou R$ 2,0280. Pouco depois das 16h30, o giro financeiro somava US$ 1,595 bilhão (US$ 1,535 bilhão em D+2). Na BM&F, a moeda à vista fechou em alta de 0,14%, a R$ 2,0289, com 8 negócios.

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"A alta de hoje reflete a aversão ao risco nos mercados. Não tivemos nenhum evento de peso no Brasil e as bolsas europeias fecharam o dia com expressiva queda", resumiu Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora. Segundo ele, a liquidez também foi contida, em função do fechamento dos mercados em Nova York. "Com menos dinheiro girando, também aumenta a volatilidade", comentou, lembrando que nas últimas sessões a moeda americana vinha apresentando variações menores ante o real. Na última sexta-feira (26), por exemplo, houve alta de apenas 0,05%.


Desde cedo, os principais mercados financeiros internacionais foram impactados nesta segunda-feira por um fator climático: a passagem do furacão Sandy pela Costa Leste dos EUA. Os pregões físicos foram cancelados na Nasdaq, na New York Stock Exchange (Nyse) e na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Na Europa, o fechamento dos mercados norte-americanos também prejudicou os negócios. Além disso, as vendas no varejo espanhol tiveram uma queda recorde de 10,9% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto a agência Fitch rebaixou a nota de crédito da Sicília, região italiana autônoma. Neste cenário, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, encontrou-se com o premiê italiano, Mario Monti, e ambos asseguraram que não têm planos de pedir um pacote de resgate.

As bolsas europeias fecharam o dia em baixa, enquanto o dólar subiu ante o euro e em relação a moedas ligadas a commodities, como o real. Às 16h45, o euro era cotado a US$ 1,2904, ante US$ 1,2942 do fim da tarde de sexta-feira (26). No mesmo horário, o dólar americano subia 0,39% ante o dólar australiano, 0,31% ante o canadense e 0,51% ante o neozelandês. O dólar índex, que considera uma cesta de seis moedas fortes, mostrava alta de 0,21%.

No Brasil, o movimento de alta da moeda persistiu, apesar da proximidade do vencimento de contratos futuros de dólar, esta semana. Os dados da BM&FBovespa mais recentes, referentes à última sexta-feira (26), mostram que bancos e investidores estrangeiros seguem vendidos em dólares (apostando na queda da moeda ante o real). "Hoje nós tivemos também o começo oficial da briga para a formação da Ptax (que servirá de referência no vencimento dos contratos futuros)", comentou um profissional. "Mas a maior parte da alta está ligada mesmo ao cenário internacional."

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