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Dólar abre em queda com ajustes técnicos

A queda do pronto destoa das altas da moeda americana futura e no mercado externo

Notas de dólar (Getty Images)

Notas de dólar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2012 às 11h15.

São Paulo - O dólar ante o real no mercado à vista abriu nesta quinta-feira com queda de 0,49%, a R$ 2,0250 no balcão (mínima até o momento) e, em seguida, reduziu as perdas. Às 10h34, estava na máxima de R$ 2,0340 (-0,05%). O recuo das cotações spot destoa dos leves ganhos do dólar no segmento futuro da BM&FBovespa e no mercado externo.

A queda do pronto destoa das altas do dólar futuro e no mercado externo. O descompasso inicial representa um ajuste em relação aos preços de fechamento anterior. Na quarta-feira, o dólar à vista terminou em R$ 2,0350, acima da taxa de encerramento do dólar futuro julho de 2012, em R$ 2,030. Normalmente, a taxa final do dólar futuro costuma ser mais alta do que de encerramento da moeda spot.

Apesar do ajuste técnico inicial, a moeda norte-americana volta a atrair compras em meio ao adiamento pelo Federal Reserve de uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo e a novos dados confirmando a contração da economia da zona do euro e da China. Nos Estados Unidos, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego veio melhor que o esperado: caiu 2 mil na semana até 16 de junho, para 387 mil, após ajustes sazonais, ante previsões que queda de 1 mil solicitações. O número de solicitações da semana anterior também foi revisado para melhor

No Brasil, os números sobre a inflação e emprego, divulgados nesta quinta-feira também melhoraram. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) teve alta de 0,18% em junho, após subir 0,51% em maio. O dado ficou abaixo das projeções dos analistas consultados pelo AE Projeções, que esperavam inflação entre 0,20% e 0,35%, com mediana de 0,29%. Com o resultado, o IPCA-15 acumula taxas de 2,58% no ano e de 5,00% nos últimos 12 meses até junho. Já a taxa de desemprego também calculada pelo IBGE nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,8% em maio, ante 6,0% em abril e também abaixo do piso do intervalo das estimativas do mercado, que iam de 5,9% a 6,2%, com mediana de 6,0%.

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