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Dólar sobe e volta a R$3,30 com exterior e juros menores no Brasil

Às 10:56, o dólar avançava 1,07 por cento, a 3,3035 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,3086 reais

Dólar: às 10:56, o dólar avançava 1,07 por cento, a 3,3035 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,3086 reais (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólar: às 10:56, o dólar avançava 1,07 por cento, a 3,3035 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,3086 reais (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 22 de março de 2018 às 10h35.

Última atualização em 22 de março de 2018 às 11h19.

O dólar operava em alta e de volta ao nível de 3,30 reais nesta quinta-feira, em meio a temores com uma guerra comercial, com a sinalização do Banco Central de novo corte na taxa básica de juros e de olho no Supremo Tribunal Federal (STF).

Às 10:56, o dólar avançava 1,07 por cento, a 3,3035 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,3086 reais. O dólar futuro subia 0,9 por cento.

"O mercado está operando com cautela... com a guerra comercial, STF e menor diferencial de juros após a decisão (do BC)", explicou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.

O mercado digere a indicação do BC de que reduzirá mais uma vez a Selic no encontro de maio ao cortar na véspera a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a nova mínima histórica de 6,5 por cento ao ano.

Com juros menores no Brasil, diminui o diferencial de juros para os estrangeiros, que, desta forma, tendem a procurar outras praças mais interessantes para aplicar seu dinheiro.

A cautela dos agentes também deriva da expectativa pelo julgamento de habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir das 14 horas, pelo Supremo Tribunal Federal.

"(Se) concedido o habeas corpus a Lula, o ex-presidente ficará livre por pelo menos mais um ano.... Embora não deva ser candidato à Presidência (dado que tem a Lei da Ficha Limpa pela frente), poderá fazer campanha, e tentar transferir votos ao 'plano B' do PT", explicou a corretora Guide em relatório.

Os investidores estão atentos ainda ao cenário comercial, uma vez que o presidente dos EUA, Donald Trump, deve anunciar a taxação de 60 bilhões de dólares em importações de produtos chineses. Em resposta, a China disse que tomará medidas para proteger seus interesses bem como os de suas indústrias.

No exterior, o dólar operava estável ante a cesta de moedas e subia ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

O Banco Central brasileiro realiza nesta sessão novo leilão de até 14 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em abril e somam 9,029 bilhões de dólares.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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