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Dólar abre em baixa a R$ 1,695 de olho nos juros

Por Cristina Canas São Paulo - O dólar comercial abriu as negociações hoje no mercado interbancário de câmbio em baixa de 0,12%, cotado a R$ 1,695. A menos que a sinalização dada hoje pelo Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, de que a taxa Selic (juro básico da economia) pode subir no curto prazo, […]

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2010 às 09h26.

Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu as negociações hoje no mercado interbancário de câmbio em baixa de 0,12%, cotado a R$ 1,695. A menos que a sinalização dada hoje pelo Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, de que a taxa Selic (juro básico da economia) pode subir no curto prazo, agite tanto o mercado de juros a ponto de que isso respingue no dólar e faça os players domésticos virarem o olhar para dentro das fronteiras, o assunto do dia no câmbio será a agenda norte-americana. Isso se não houver também alguma novidade na Europa, onde as preocupações com o desenrolar da crise das dívidas soberanas continua gerando notícias e volatilidade nos ativos locais e emergentes.

O Relatório de Inflação do BC destacou que os desvios das projeções de inflação em relação à meta "sugerem necessidade de implementação, no curto prazo, de ajuste na taxa básica de juros" e deve provocar uma reação nos contratos de depósito interfinanceiro (DI), segundo avaliação de operadores. Tecnicamente, a cotação do dólar ante o real sentiria o impacto, embora de forma mais suave do que os DIs. No entanto, como é final de ano e os investidores do mercado doméstico de câmbio parecem acertar as últimas transações antes das festas de final de ano, sem disposição para mexer muito nas apostas, a percepção é de que eventual volatilidade nos juros tenha repercussão marginal no câmbio. E, se ela houver, será somente para reforçar o rumo que está sendo dado pelo cenário internacional, neste início de quarta-feira.

Nos EUA, o destaque que pode dar um rumo mais acentuado aos negócios é a divulgação da revisão final do PIB do terceiro trimestre deste ano. O dado, que será divulgado às 11h30, deve mostrar expansão de 2,9% da economia do país entre julho e setembro de 2010, segundo as previsões, ante alta de 2,0% na leitura preliminar. Mas também tem, às 13 horas, o anúncio das vendas de imóveis residenciais usados nos EUA em novembro.

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