“A Itália deve voltar a sanear sua economia e a retomar o caminho do crescimento", disse Monti (Vittorio Zunino Celotto/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2011 às 21h57.
São Paulo – Os investidores devem continuar de olho nos desdobramentos econômicos e principalmente políticos na zona do euro. Enquanto os países que estão no centro da crise, a Itália e a Grécia, trocam os seus líderes, o mercado continua a testemunhar o avanço do custo de captação na região.
A última vítima da desconfiança foi a França. O país viu o rendimento dos títulos da dívida disparar na semana passada. Parte do temor com a segunda maior economia da região veio com um erro da Standard and Poor's. A agência de classificação de risco enviou equivocadamente na quinta-feira um comunicado no qual rebaixava o rating do país. Apesar disso, as taxas já subiam na véspera.
A semana teve início com dois protagonistas europeus na corda bamba, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, e da Grécia, George Papandreou, e ambos não resistiram. Papandreou deu o lugar para Lucas Papademos e o novo nome na Itália foi definido neste domingo.
Um dia após aceitar a renúncia do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o presidente da Itália Giorgio Napolitano nomeou o economista Mario Monti para o cargo. O novo líder foi comissário da União Europeia e agora tem a missão de guiar o país durante a crise da zona do euro e de reconquistar a confiança dos investidores nos títulos da dívida do país.
“A Itália deve voltar a sanear sua economia e a retomar o caminho do crescimento. É algo que devemos a nossos filhos, aos quais temos que dar um futuro concreto de dignidade e esperança”, disse Monti em sua primeira entrevista como premiê.
Na agenda econômica da semana nos EUA, destaque para o indicador de vendas no varejo na terça-feira, produção industrial na quarta-feira e os dados do setor imobiliário na quinta-feira.