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Credores do Cruzeiro são forçados a aceitar reestruturação

O Cruzeiro do Sul é o sexto banco médio a pedir socorro às autoridades reguladoras desde 2010

O Fundo Garantidor de Créditos, que assumiu a administração da instituição, disse que obteve mais de 75% de adesão dos detentores de dois de seus seis títulos (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 08h34.

Nova York - Há duas semanas, os credores do Banco Cruzeiro do Sul SA consideraram a proposta de reestruturação do banco uma “brincadeira” e “absurda”, segundo o BCP Securities. Agora, eles estão perto de aceitá-la.

O Fundo Garantidor de Créditos, que assumiu a administração da instituição desde a intervenção em junho, disse em 29 de agosto que obteve mais de 75 por cento de adesão dos detentores de dois de seus seis títulos, o suficiente para tornar compulsória a adesão da totalidade dos credores desses dois papéis. O FGC deu prazo até 12 de setembro para que 90 por cento de todos os credores troquem seus títulos com perdas entre 39 por cento e 74 por cento.

O Cruzeiro do Sul é pelo menos o sexto banco médio a pedir socorro às autoridades reguladoras desde 2010, provocando uma fuga nos títulos em dólar do setor que elevou o rendimento de 6,67 por cento dois anos atrás para 8,69 por cento. Um calote na dívida em dólar de US$ 1,6 bilhão seria o maior da América Latina desde 2002, segundo a Moody’s Investors Service. Apesar de os detentores de títulos estarem insatisfeitos com a imposição pelo FGC dos termos da reestruturação, a ameaça de liquidação do banco no caso de rejeição à proposta levou os credores a se conformarem.

“Houve muitos incentivos para participar, e infelizmente foi feito meio que à força”, disse Wilbur Matthews, que ajuda a administrar US$ 100 milhões em dívida corporativa de mercados emergentes como presidente da Vaquero Capital Global Investments LP, em entrevista por telefone de San Antonio. Ele se recusou a comentar se pretende participar da recompra.

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O Cruzeiro do Sul é pelo menos o sexto banco médio a pedir socorro às autoridades reguladoras desde 2010, provocando uma fuga nos títulos em dólar do setor que elevou o rendimento de 6,67 por cento dois anos atrás para 8,69 por cento. Um calote na dívida em dólar de US$ 1,6 bilhão seria o maior da América Latina desde 2002, segundo a Moody’s Investors Service. Apesar de os detentores de títulos estarem insatisfeitos com a imposição pelo FGC dos termos da reestruturação, a ameaça de liquidação do banco no caso de rejeição à proposta levou os credores a se conformarem.

“Houve muitos incentivos para participar, e infelizmente foi feito meio que à força”, disse Wilbur Matthews, que ajuda a administrar US$ 100 milhões em dívida corporativa de mercados emergentes como presidente da Vaquero Capital Global Investments LP, em entrevista por telefone de San Antonio. Ele se recusou a comentar se pretende participar da recompra.

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