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Credit Suisse vê alta incerteza em ações da HRT

Banco diminuiu a projeção em 64%; papéis caem após fracasso na Namíbia

Márcio Mello, presidente da HRT: fracasso da Chariot não influencia prospecções da HRT (Eduardo Monteiro/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 18h46.

São Paulo - As ações da Chariot ( CHAR ) despencaram 65,81% na bolsa de Londres após a empresa ter anunciado que abandonou o poço Kabeljou, no prospecto de Nimrod na Namíbia. Testes mostraram que não havia petróleo comercialmente viável ou gás na área. Os papéis fecharam o pregão negociados a 33,59 libras. Em teleconferência hoje, a Chariot afirmou que o poço é pobre e sua seção de reservatório é mais fina do que o esperado.

A notícia atravessou o Oceano Atlântico e acertou em cheio as ações da brasileira HRT Petróleo ( HRTP3 ), que também opera no país africano. O poço Kabeijou está localizado perto da área explorada pela HRT, onde estão mais de 70% dos potencias recursos da empresa. As ações chegaram a despencar 19% depois do anúncio e terminaram o dia a 3,92 reais, queda de 12,50%.

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Analistas

Para os analistas do Credit Suisse, Emerson Leite e André Sobreira, o sucesso de exploração neste poço é uma das últimas esperanças para as ações da HRT esse ano. Sendo assim, com o anúncio da Chariot, o banco rebaixou as ações da empresa para “neutral” e estipulou um novo preço-alvo para 3 reais por ação para o fim de 2012 – a previsão anterior era de 8,50 reais por ação, uma queda de 64%.
“Preferimos esperar a empresa provar sua tese geológica em Solimões e na Namíbia antes de assumir exposição às ações”, dizem no relatório.

A HRT se pronunciou em teleconferência hoje para dizer que a ausência de bons reservatórios em blocos operados pela Chariot não reduz as chances da empresa. “O principal projeto da HRT na Namíbia está a 145 km do poço não-comercial da Chariot-Petrobras-BP”, disse Marcio Mello, presidente da companhia. A HRT planeja perfurar 4 poços offshore no país.

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