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Dólar sobe 0,41% após Mantega e BC atuar

Após ter recuado, a moeda passou a ter trajetória positiva com um leilão de swap cambial reverso do BC

A divisa norte-americana teve valorização de 0,41% no balcão na sessão desta sexta-feira (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 17h05.

Comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o controle da inflação é feito por meio dos juros - e não do câmbio - fizeram os investidores testarem, na manhã desta sexta-feira, a disposição do Banco Central (BC) em atuar no mercado cambial. O dólar à vista chegou a recuar para R$ 1,95 no balcão, com operadores em busca de um piso para a moeda norte-americana.

Em reação, o BC fez um leilão de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro) e conduziu a moeda à vista para o território positivo. À tarde, o avanço do dólar em relação a divisas que, como o real, são bastante ligadas a commodities contribuiu para o movimento de alta.

O dólar terminou o dia com ganho de 0,41% ante o real no balcão, na cotação máxima da sessão, a R$ 1,9670. Na mínima, antes do leilão de swap reverso, a moeda marcou R$ 1,9520, em baixa de 0,36%. Da mínima para a máxima, a moeda oscilou 0,77%. "A volatilidade foi considerável. A moeda abriu em queda mas, rapidamente, foi para o território positivo, em razão do swap cambial reverso", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

Mais cedo, a pressão de baixa esteve ligada à fala de Mantega, para quem o BC tem de estar vigilante e tomar "as devidas providências" na hipótese de o índice de preços não desacelerar "espontaneamente". O ministro afirmou ainda que o "sinal de alerta" do governo acende sempre que a inflação supera o centro da meta, de 4,5%.

Os comentários do ministro fizeram as taxas dos contratos futuros de juros subirem de forma consistente, em meio à percepção de que a autoridade monetária possa elevar a Selic ainda neste primeiro semestre - e não no fim do ano, como originalmente estimado. Neste contexto, os investidores do mercado de câmbio decidiram testar até que ponto a divisa recuaria antes de uma atuação do BC.

Após a autoridade monetária entrar no mercado, o dólar passou a subir. No leilão, o BC vendeu o lote integral de 27 mil contratos com vencimento em 1º de março de 2013. O volume financeiro foi de US$ 1,348 bilhão.


Profissionais alertaram que, ao atuar quando o dólar atingiu a faixa de R$ 1,95, o BC indicou que é um piso informal para a moeda norte-americana. Na sexta-feira passada (08), o BC havia feito um leilão de swap reverso para retirar a moeda da faixa de R$ 1,95. A diferença é que, naquela ocasião, negociou apenas 27% da oferta total de 37 mil contratos.

Perto das 17 horas, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 3,161 bilhões. O dólar pronto da BM&F não registrou negócios. No mercado futuro, o dólar para março era cotado a R$ 1,9695, em alta de 0,43%.

No exterior, o dólar norte-americano subia ante outras moedas ligadas a commodities e se mantinha perto da estabilidade em relação ao euro. Às 17h05 (horário de Brasília), a moeda dos EUA subia 0,63% ante o australiano, avançava 0,64% ante o canadense e tinha alta de 0,86% ante o neozelandês. O euro era cotado a US$ 1,3358, ante US$ 1,3363 do fim da tarde da véspera.

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Comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o controle da inflação é feito por meio dos juros - e não do câmbio - fizeram os investidores testarem, na manhã desta sexta-feira, a disposição do Banco Central (BC) em atuar no mercado cambial. O dólar à vista chegou a recuar para R$ 1,95 no balcão, com operadores em busca de um piso para a moeda norte-americana.

Em reação, o BC fez um leilão de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro) e conduziu a moeda à vista para o território positivo. À tarde, o avanço do dólar em relação a divisas que, como o real, são bastante ligadas a commodities contribuiu para o movimento de alta.

O dólar terminou o dia com ganho de 0,41% ante o real no balcão, na cotação máxima da sessão, a R$ 1,9670. Na mínima, antes do leilão de swap reverso, a moeda marcou R$ 1,9520, em baixa de 0,36%. Da mínima para a máxima, a moeda oscilou 0,77%. "A volatilidade foi considerável. A moeda abriu em queda mas, rapidamente, foi para o território positivo, em razão do swap cambial reverso", comentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

Mais cedo, a pressão de baixa esteve ligada à fala de Mantega, para quem o BC tem de estar vigilante e tomar "as devidas providências" na hipótese de o índice de preços não desacelerar "espontaneamente". O ministro afirmou ainda que o "sinal de alerta" do governo acende sempre que a inflação supera o centro da meta, de 4,5%.

Os comentários do ministro fizeram as taxas dos contratos futuros de juros subirem de forma consistente, em meio à percepção de que a autoridade monetária possa elevar a Selic ainda neste primeiro semestre - e não no fim do ano, como originalmente estimado. Neste contexto, os investidores do mercado de câmbio decidiram testar até que ponto a divisa recuaria antes de uma atuação do BC.

Após a autoridade monetária entrar no mercado, o dólar passou a subir. No leilão, o BC vendeu o lote integral de 27 mil contratos com vencimento em 1º de março de 2013. O volume financeiro foi de US$ 1,348 bilhão.


Profissionais alertaram que, ao atuar quando o dólar atingiu a faixa de R$ 1,95, o BC indicou que é um piso informal para a moeda norte-americana. Na sexta-feira passada (08), o BC havia feito um leilão de swap reverso para retirar a moeda da faixa de R$ 1,95. A diferença é que, naquela ocasião, negociou apenas 27% da oferta total de 37 mil contratos.

Perto das 17 horas, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 3,161 bilhões. O dólar pronto da BM&F não registrou negócios. No mercado futuro, o dólar para março era cotado a R$ 1,9695, em alta de 0,43%.

No exterior, o dólar norte-americano subia ante outras moedas ligadas a commodities e se mantinha perto da estabilidade em relação ao euro. Às 17h05 (horário de Brasília), a moeda dos EUA subia 0,63% ante o australiano, avançava 0,64% ante o canadense e tinha alta de 0,86% ante o neozelandês. O euro era cotado a US$ 1,3358, ante US$ 1,3363 do fim da tarde da véspera.

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