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CONSOLIDA-Após eleição de Dilma, mercado monitora quadro global

Mercados já precificavam vitória de Dilma Rousseff Investidores esperam mais detalhes sobre economia Às vésperas de Fed, cenário externo influencia mais SÃO PAULO, 1o de novembro (Reuters) - Com a eleição de Dilma Rousseff (PT) já "precificada", os mercados financeiros brasileiros iniciavam novembro mais atentos ao cenário internacional e à perspectiva de que o Federal […]

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 10h23.

  • Mercados já precificavam vitória de Dilma Rousseff

  • Investidores esperam mais detalhes sobre economia

  • Às vésperas de Fed, cenário externo influencia mais

    SÃO PAULO, 1o de novembro (Reuters) - Com a eleição de
    Dilma Rousseff (PT) já "precificada", os mercados financeiros
    brasileiros iniciavam novembro mais atentos ao cenário
    internacional e à perspectiva de que o Federal Reserve confirme
    nesta semana um esperado estímulo adicional para a economia
    norte-americana.

    Mas as variações tímidas desta segunda-feira, também
    véspera de feriado nacional, não significam que os investidores
    não estejam ansiosos por mais detalhes sobre a condução da
    economia no novo governo.

    No domingo, em seu primeiro pronunciamento após a
    confirmação da vitória nas urnas, Dilma lembrou que o Brasil
    não deve contar com a pujança das economias desenvolvidas,
    reafirmou o compromisso de erradicar a miséria e disse que
    melhorará a qualidade dos gastos públicos, mas sem colocar em
    xeque investimentos e programas sociais [ID:nN01120195].

    "Hoje o mercado deve navegar menos ao sabor da eleição e
    sim em relação aos dados externos. Dificilmente os investidores
    montaram posições "compradas" em (José) Serra, o que traria
    movimentos violentos hoje", apontaram os economistas da Gradual
    Investimentos em relatório.

    "Se Dilma vai conduzir uma agenda de reforma é ainda muito
    cedo para dizer. Seu primeiro gesto será montar um ministério
    que sinalize ao mercado sua determinação em relação a condução
    da política econômica, um ministério "market friendly" faria
    diminuir sensivelmente os prêmios de risco... e isto
    facilitaria uma política de juros entre neutra e baixa."

    Alguns analistas também destacaram a presença do
    ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci ao lado de Dilma durante
    seu discurso. Um dos coordenadores da campanha da petista,
    Palocci é visto com bons olhos no mercado financeiro.

    Às 11h22, o dólar mostrava estabilidade, a 1,703
    real, depois de iniciar o dia abaixo de 1,70 real. No mercado
    internacional, a moeda norte-americana também desacelerava a
    baixa frente a uma cesta com as principais divisas .

    O principal índice de ações brasileiras subia
    levemente, em 0,3 por cento, a 70.857 pontos, enquanto Wall
    Street apontava abertura também ligeiramente positiva.

    As projeções de juros recuavam em poucos
    negócios.

    Para Zeina Latif, economista para América Latina no RBS
    Securities, Dilma adotou no pronunciamento um estilo sereno ao
    invés de entusiasmado, "o que parece simbolicamente importante
    para indicar que ela está ciente de seus desafios".

(Texto de Daniela Machado, com reportagem de Vanessa
Stelzer, Silvio Cascione e Mariane Pinho; Edição de Aluísio
Alves)

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