Congelar produção pode levar petróleo a US$ 60 o barril
Mais cedo, Arábia Saudita, Rússia, Catar e Venezuela disseram que não elevarão o nível de sua produção de petróleo, mantendo os patamares de janeiro
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 14h04.
São Paulo - Um acordo coletivo para o congelamento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Rússia poderá elevar o preço no segundo semestre para US$ 60 o barril, disse Gordon Kwan, diretor regional de petróleo e gás da Nomura.
Segundo ele, como a produção dos Estados Unidos já está em queda, se a Opep e a Rússia mantiverem a produção e a demanda aumentar, a diferença entre a oferta e a demanda diminuirá e o excesso de oferta, consequentemente, será menor.
Kwan adverte, porém, que o Irã continua a ser a incógnita, nesse contexto. O país voltou aos mercados internacionais há poucos meses, após chegar a um acordo sobre seu programa nuclear, o que levou à retirada de parte das sanções contra Teerã.
Mais cedo, Arábia Saudita, Rússia, Catar e Venezuela disseram que não elevarão o nível de sua produção de petróleo, mantendo os patamares de janeiro.
O ministro do Petróleo venezuelano, Eulogio del Pino, se reunirá na quarta-feira em Teerã com ministros do Iraque e do Irã, dois países que têm elevado sua produção.
Na avaliação do Commerzbank, não está claro se o acordo sairá, já que o mercado aguarda para saber se Iraque e Irã participarão.
O Iraque foi o país responsável pela alta na produção da Opep no ano passado e planeja elevar mais sua produção neste ano, ainda que tenha sinalizado que pode fazer parte de um acordo.
Já o Irã dificilmente concordará em manter a produção no nível de 2,9 milhões de barris ao dia, porque a prioridade de Teerã agora é retomar fatia de mercado perdida com as sanções, segundo o banco alemão.
A analista Michal Meidan, da consultoria Energy Aspects, também acredita que um congelamento conjunto no nível de janeiro é algo difícil de executar.
Segundo ela, alguns dos países da Opep estão produzindo menos do que seus níveis reais, o que deve dificultar que aceitem essa proposta.
Também na avaliação de Meidan, é preciso primeiro saber com o governo iraniano se posicionará sobre o assunto.
São Paulo - Um acordo coletivo para o congelamento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Rússia poderá elevar o preço no segundo semestre para US$ 60 o barril, disse Gordon Kwan, diretor regional de petróleo e gás da Nomura.
Segundo ele, como a produção dos Estados Unidos já está em queda, se a Opep e a Rússia mantiverem a produção e a demanda aumentar, a diferença entre a oferta e a demanda diminuirá e o excesso de oferta, consequentemente, será menor.
Kwan adverte, porém, que o Irã continua a ser a incógnita, nesse contexto. O país voltou aos mercados internacionais há poucos meses, após chegar a um acordo sobre seu programa nuclear, o que levou à retirada de parte das sanções contra Teerã.
Mais cedo, Arábia Saudita, Rússia, Catar e Venezuela disseram que não elevarão o nível de sua produção de petróleo, mantendo os patamares de janeiro.
O ministro do Petróleo venezuelano, Eulogio del Pino, se reunirá na quarta-feira em Teerã com ministros do Iraque e do Irã, dois países que têm elevado sua produção.
Na avaliação do Commerzbank, não está claro se o acordo sairá, já que o mercado aguarda para saber se Iraque e Irã participarão.
O Iraque foi o país responsável pela alta na produção da Opep no ano passado e planeja elevar mais sua produção neste ano, ainda que tenha sinalizado que pode fazer parte de um acordo.
Já o Irã dificilmente concordará em manter a produção no nível de 2,9 milhões de barris ao dia, porque a prioridade de Teerã agora é retomar fatia de mercado perdida com as sanções, segundo o banco alemão.
A analista Michal Meidan, da consultoria Energy Aspects, também acredita que um congelamento conjunto no nível de janeiro é algo difícil de executar.
Segundo ela, alguns dos países da Opep estão produzindo menos do que seus níveis reais, o que deve dificultar que aceitem essa proposta.
Também na avaliação de Meidan, é preciso primeiro saber com o governo iraniano se posicionará sobre o assunto.