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China e BC fazem dólar cair novamente e se afastar de R$2,30

Moeda norte-americana recuou 1,14%, para R$ 2,2780 na venda, no menor fechamento desde 9 de agosto

Dólar: nos últimos seis pregões, a divisa norte-americana acumulou perda de 4,49% em relação à moeda brasileira (Scott Eells)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 17h19.

São Paulo -O dólar fechou em queda ante o real pelo sexto pregão consecutivo, afastando-se do patamar de 2,30 reais, diante do renovado apetite por risco nas praças financeiras globais e do programa de atuações do Banco Central brasileiro.

A moeda norte-americana recuou 1,14 por cento, para 2,2780 reais na venda, no menor fechamento desde 9 de agosto. Nos últimos seis pregões, a divisa norte-americana acumulou perda de 4,49 por cento em relação à moeda brasileira.

"O câmbio seguiu o cenário externo, com os dados positivos sobre a China, mas a apreciação do real foi maior do que a de outras moedas por causa do programa do BC", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O resultado de inflação moderada na China ampliou a série de dados de agosto que sugerem que a segunda maior economia do mundo pode estar deixando para trás a desaceleração, impulsionada por medidas de apoio e sinais de melhora na demanda por exportação.

No domingo, a Administração de Alfândega da China informou que as exportações no país subiram 7,2 por cento em agosto ante o ano anterior. Expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de uma alta de 6 por cento.

Sinais de um cenário econômico mais forte na China fortaleciam as moedas de países emergentes, à medida que aumentava o interesse de investidores por ativos de maior risco, como o Brasil.

"Sempre que a gente fala em China, isso vai influenciar bastante os países emergentes, especialmente os exportadores de commodities", afirmou o gerente de análises da XP Investimentos, Caio Sasaki. "Esse cenário de melhora na economia dá margem para que os investidores apliquem em outros mercados, não só nos Estados Unidos", emendou.

Outras moedas com o perfil parecido ao real tinham um dia de valorização em relação à divisa norte-americana. O dólar australiano subia 0,58 por cento, enquanto o dólar neozelandês avançava 0,35 por cento.

A desvalorização do dólar em escala global refletia também o arrefecimento das tensões na Síria. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira que a Síria pode evitar um ataque militar contra o país se o presidente Bashar al-Assad entregar todas as armas químicas à comunidade internacional na próxima semana.

"Algumas notícias dão a impressão de que os EUA possam estar caminhando para um acordo pacífico com a Síria, então isso também está ajudando a diminuir as preocupações de uma intervenção militar iminente", disse Rostagno, do Mizuho.

Ainda nesta segunda-feira, o BC realizou mais uma etapa de seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio. Foram vendidos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro--, com vencimento de 2 de janeiro de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de 497,6 milhões de dólares.

E já anunciou para terça-feira a próxima atuação. O BC ofertará, entre as 9h30 e as 9h40, 10 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 2 de janeiro de 2014. O resultado da operação será divulgado a partir das 9h50.

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São Paulo -O dólar fechou em queda ante o real pelo sexto pregão consecutivo, afastando-se do patamar de 2,30 reais, diante do renovado apetite por risco nas praças financeiras globais e do programa de atuações do Banco Central brasileiro.

A moeda norte-americana recuou 1,14 por cento, para 2,2780 reais na venda, no menor fechamento desde 9 de agosto. Nos últimos seis pregões, a divisa norte-americana acumulou perda de 4,49 por cento em relação à moeda brasileira.

"O câmbio seguiu o cenário externo, com os dados positivos sobre a China, mas a apreciação do real foi maior do que a de outras moedas por causa do programa do BC", afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O resultado de inflação moderada na China ampliou a série de dados de agosto que sugerem que a segunda maior economia do mundo pode estar deixando para trás a desaceleração, impulsionada por medidas de apoio e sinais de melhora na demanda por exportação.

No domingo, a Administração de Alfândega da China informou que as exportações no país subiram 7,2 por cento em agosto ante o ano anterior. Expectativa de analistas em pesquisa da Reuters era de uma alta de 6 por cento.

Sinais de um cenário econômico mais forte na China fortaleciam as moedas de países emergentes, à medida que aumentava o interesse de investidores por ativos de maior risco, como o Brasil.

"Sempre que a gente fala em China, isso vai influenciar bastante os países emergentes, especialmente os exportadores de commodities", afirmou o gerente de análises da XP Investimentos, Caio Sasaki. "Esse cenário de melhora na economia dá margem para que os investidores apliquem em outros mercados, não só nos Estados Unidos", emendou.

Outras moedas com o perfil parecido ao real tinham um dia de valorização em relação à divisa norte-americana. O dólar australiano subia 0,58 por cento, enquanto o dólar neozelandês avançava 0,35 por cento.

A desvalorização do dólar em escala global refletia também o arrefecimento das tensões na Síria. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse nesta segunda-feira que a Síria pode evitar um ataque militar contra o país se o presidente Bashar al-Assad entregar todas as armas químicas à comunidade internacional na próxima semana.

"Algumas notícias dão a impressão de que os EUA possam estar caminhando para um acordo pacífico com a Síria, então isso também está ajudando a diminuir as preocupações de uma intervenção militar iminente", disse Rostagno, do Mizuho.

Ainda nesta segunda-feira, o BC realizou mais uma etapa de seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio. Foram vendidos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro--, com vencimento de 2 de janeiro de 2014. O volume financeiro equivalente da operação foi de 497,6 milhões de dólares.

E já anunciou para terça-feira a próxima atuação. O BC ofertará, entre as 9h30 e as 9h40, 10 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 2 de janeiro de 2014. O resultado da operação será divulgado a partir das 9h50.

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