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Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 15h01.
Por Ayesha Rascoe
WASHINGTON, 11 de janeiro (Reuters) - Um painel da Casa
Branca responsabilizou a complacência do governo e da indústria
pelo megavazamento de petróleo da BP e pediu,
nesta terça-feira, uma reformulação drástica na forma como os
EUA regulamentam as perfurações em alto mar.
Em seu relatório final sobre o desastre da BP, a comissão
da Casa Branca para o vazamento de petróleo afirmou que o
governo norte-americano precisa expandir as regulamentações
sobre as perfurações, assim como estabelecer uma agência
independente de segurança das perfurações.
O co-presidente da comissão, Bill Reilly, afirmou que é o
momento para o Congresso "exercer uma supervisão séria" sobre a
exploração marítima. Como um primeiro passo, ele exigiu que o
Congresso forneça fundos para contratar mais inspetores
governamentais para verificar as plataformas de petróleo.
A comissão constituída por sete integrantes também defendeu
que a indústria petrolífera crie uma entidade auto-reguladora
para ajudar a manter o padrão e pediu que o Congresso aumente
os limites de imputabilidade sobre os operadores de poços de
petróleo em alto mar.
"Gostem ou não, as companhias de petróleo e gás estão nessa
juntos, e precisam adotar padrões rigorosos por meio de um
instituto de segurança para toda a indústria, ou correm risco
de perder o acesso a essas concessões e lucros", afirmou
Reilly.
A comissão é o primeiro grupo com a chancela do governo a
concluir uma investigação sobre as causas do acidente da BP.
Embora a comissão não tenha autoridade para estabelecer
políticas de exploração nem para punir as companhias, as
conclusões dela podem influenciar procedimentos judiciais e
iniciativas do legislativo no futuro.
O Comitê de Recursos Naturais da Câmara dos Deputados e o
Comitê de Energia e Recursos Naturais do Senado prevêem
realizar audiências sobre o relatório da comissão este mês.
Poderá ser difícil, no entanto, implantar uma ampla reforma
na exploração de petróleo em alto mar.
Com os republicanos, que tradicionalmente apóiam a
indústria do petróleo, no comando da Câmara, o setor
petrolífero poderá argumentar com sucesso que novas regras
rigorosas poderão afetar a produção interna.
(Reportagem adicional de Timothy Gardner)