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Camil desaba na Bolsa após receber multa milionária da Receita

Empresa estreou na bolsa brasileira na semana passada; auto de infração seria por uma suposta redução indevida das bases de cálculo de impostos

Camil; empresa foi a oitava a estrear na Bolsa neste ano (foto/Reprodução)

Rita Azevedo

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 11h42.

Última atualização em 4 de outubro de 2017 às 14h20.

São Paulo -- A Camil, que estreou na Bolsa na última semana, vê suas ações desabarem nesta quarta-feira.

Por volta das 14h, os papéis da empresa de alimentos registravam queda de 3%, negociados por 8,69 reais. No mesmo período, o principal índice da bolsa brasileira registrava leve alta de 0,1%.

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Mais cedo, a companhia informou ao mercado que recebeu um auto de infração da Receita Federal, no valor de 270 milhões de reais.

O motivo da multa seria uma suposta redução indevida das bases de cálculo de impostos pelo ágio gerado na incorporação de quatro empresas: Femepe, Canadá, GIF Codajas e Docelar. As transações ocorreram entre 2011 e 2012.

A Camil, por meio de fato relevante, informou que irá recorrer da decisão e reafirmou "seu entendimento de que o ágio foi constituído regularmente, em estrita conformidade com a legislação fiscal".

"Por fim, a Camil esclarece que continuará a amortizar, para fins fiscais, o ágio, na forma da legislação vigente", diz a empresa no final do documento.

IPO

Na última quinta-feira, a Camil conseguiu levantar 1,32 bilhão de reais em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

A maior parte da oferta (950,6 milhões de reais) foi secundária, ou seja, a partir da venda de papéis que estavam na mão de sócios.

O restante dos recursos (cerca de 369 milhões de reais) foi obtido com a venda de novas ações emitidas pela companhia e irá direto para o caixa da empresa.

O montante será usado, segundo a Camil, para manter a estratégia de aquisições, para investimentos na internacionalização das atividades de empacotamento de açúcar e para o reforço no capital de giro.

Com a Camil, chega a oito o número de empresas que estrearam na Bolsa em 2017.

 

 

 

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