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Entre fluxo e ação do BC, dólar termina janeiro a R$1,67

São Paulo - O dólar caiu ante o real nesta segunda-feira e terminou um mês de pouca volatilidade praticamente no mesmo lugar em que começou. A moeda recuou 0,65 por cento, para 1,674 real. Em janeiro, houve variação positiva de apenas 0,48 por cento. O mês foi marcado por um forte ingresso de dólares e […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 16h26.

São Paulo - O dólar caiu ante o real nesta segunda-feira e terminou um mês de pouca volatilidade praticamente no mesmo lugar em que começou.

A moeda recuou 0,65 por cento, para 1,674 real. Em janeiro, houve variação positiva de apenas 0,48 por cento.

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O mês foi marcado por um forte ingresso de dólares e pela contrapartida de uma atuação mais abrangente do governo no mercado de câmbio. O resultado foi um dólar quase estável.

Até o dia 21, houve a entrada líquida de 9,2 bilhões de dólares no país, em meio a captações corporativas, ofertas de ações e investimentos estrangeiros. Por outro lado, o Banco Central retomou a oferta de swap cambial reverso e passou a fazer compras de dólares no mercado a termo --em um acréscimo às operações já realizadas no mercado à vista.

Para fevereiro, a expectativa de profissionais de mercado é que o dólar continue preso entre essas duas influências.

"Continua prevalecendo a tendência de apreciação do real. O governo e o Banco Central conseguem apenas temporariamente inverter o curso da moeda", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe da CM Capital Markets.

"À medida que o câmbio se aproximar do patamar de 1,65 (real), novas medidas devem ser anunciadas. Aí o dólar sobe um pouco e depois gradativamente volta a se aproximar de 1,65", acrescentou, citando um novo aumento do imposto sobre a entrada de capital para renda fixa como uma das possíveis medidas a serem adotadas pelo governo para frear a valorização do real.

O que pode romper o marasmo da taxa de câmbio é a agenda internacional e um eventual surto de aversão a risco.

"O pessoal está olhando com temor para essa crise no Egito e para o que ela representa em termos de escoamento da produção de petróleo no mundo árabe", disse o operador de derivativos de um banco nacional, que preferiu não ser identificado.

Além do Egito, o mercado presta atenção à alta dos juros na China, que pode afetar os preços das matérias-primas, e às negociações sobre a crise da dívida na Europa.

Ainda assim, Rostagno espera a "manutenção de um ambiente de grande liquidez nos mercados internacionais."

"As operações de carry trade devem continuar. A economia brasileira continua sendo um destino atraente", afirmou, em referência às operações de arbitragem entre o juro brasileiro e as taxas praticadas no exterior, bem menores.

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