CÂMBIO-Em dia morno no exterior, dólar fecha estável a R$1,666
Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 18 de outubro (Reuters) - O dólar fechou estável frente ao real nesta segunda-feira, após uma sessão marcada por ajustes e sem uma tendência clara no mercado internacional de câmbio. A moeda norte-americana terminou a 1,666 real. Às 16h30, o dólar exibia variação negativa de 0,1 por cento frente a […]
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2010 às 15h46.
Por Silvio Cascione
SÃO PAULO, 18 de outubro (Reuters) - O dólar fechou estável
frente ao real nesta segunda-feira, após uma sessão marcada por
ajustes e sem uma tendência clara no mercado internacional de
câmbio.
A moeda norte-americana terminou a 1,666 real. Às
16h30, o dólar exibia variação negativa de 0,1 por cento frente
a uma cesta com as principais divisas , com queda também
de 0,1 por cento em relação ao euro .
O volume de negócios registrados na clearing (câmara de
compensação) de câmbio da BM&FBovespa somava 2,5 bilhões de
dólares perto do fechamento do mercado, abaixo da média diária
de cerca de 3 bilhões de dólares em outubro.
O dólar chegou a subir com mais vigor no começo do dia,
para a máxima de 1,676 real, com ajustes diante da incerteza
sobre a extensão das prováveis medidas de estímulo monetário
nos Estados Unidos.
A expectativa de que o Federal Reserve dê mais incentivos à
economia foi o principal fator para o enfraquecimento do dólar
nas últimas semanas. Nesta segunda-feira, o presidente do
Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, disse que a
economia dos Estados Unidos está fraca o suficiente para a
adoção de mais estímulos.
"O dólar está preso ao movimento de fora", disse o
economista de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser
identificado. "Com o texto que (Ben) Bernanke (chairman do Fed)
apresentou na sexta-feira, não há dúvida; ele já tentou
explicar o porquê de tomarem essa decisão", completou, em
referência ao discurso de Bernanke em uma conferência em Boston
[ID:nN15202216].
No Brasil, o mercado continua atento a possíveis medidas
complementares do governo para frear a valorização do real
--que já supera 1,5 por cento no mês.
A jornalistas, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, disse que "a melhor postura neste momento é
aguardarmos."
"Qualquer decisão a respeito será anunciada no devido
tempo, se existir", acrescentou.
Na semana passada, uma fonte do Ministério da Fazenda
afirmou à Reuters que medidas adicionais contra a queda do
dólar poderiam ser anunciadas na terça-feira. Em entrevista à
GloboNews, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou ter
preocupação com o comportamento do mercado futuro de câmbio, em
que investidores estrangeiros mantêm mais de 16 bilhões de
dólares em posições vendidas na moeda norte-americana.
Neste mês, o governo já elevou a alíquota de IOF sobre a
entrada de capital estrangeiro para aplicações em renda fixa.
(Reportagem adicional de Luciana Lopez; Edição de Daniela
Machado)
Por Silvio Cascione
SÃO PAULO, 18 de outubro (Reuters) - O dólar fechou estável
frente ao real nesta segunda-feira, após uma sessão marcada por
ajustes e sem uma tendência clara no mercado internacional de
câmbio.
A moeda norte-americana terminou a 1,666 real. Às
16h30, o dólar exibia variação negativa de 0,1 por cento frente
a uma cesta com as principais divisas , com queda também
de 0,1 por cento em relação ao euro .
O volume de negócios registrados na clearing (câmara de
compensação) de câmbio da BM&FBovespa somava 2,5 bilhões de
dólares perto do fechamento do mercado, abaixo da média diária
de cerca de 3 bilhões de dólares em outubro.
O dólar chegou a subir com mais vigor no começo do dia,
para a máxima de 1,676 real, com ajustes diante da incerteza
sobre a extensão das prováveis medidas de estímulo monetário
nos Estados Unidos.
A expectativa de que o Federal Reserve dê mais incentivos à
economia foi o principal fator para o enfraquecimento do dólar
nas últimas semanas. Nesta segunda-feira, o presidente do
Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, disse que a
economia dos Estados Unidos está fraca o suficiente para a
adoção de mais estímulos.
"O dólar está preso ao movimento de fora", disse o
economista de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser
identificado. "Com o texto que (Ben) Bernanke (chairman do Fed)
apresentou na sexta-feira, não há dúvida; ele já tentou
explicar o porquê de tomarem essa decisão", completou, em
referência ao discurso de Bernanke em uma conferência em Boston
[ID:nN15202216].
No Brasil, o mercado continua atento a possíveis medidas
complementares do governo para frear a valorização do real
--que já supera 1,5 por cento no mês.
A jornalistas, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, disse que "a melhor postura neste momento é
aguardarmos."
"Qualquer decisão a respeito será anunciada no devido
tempo, se existir", acrescentou.
Na semana passada, uma fonte do Ministério da Fazenda
afirmou à Reuters que medidas adicionais contra a queda do
dólar poderiam ser anunciadas na terça-feira. Em entrevista à
GloboNews, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou ter
preocupação com o comportamento do mercado futuro de câmbio, em
que investidores estrangeiros mantêm mais de 16 bilhões de
dólares em posições vendidas na moeda norte-americana.
Neste mês, o governo já elevou a alíquota de IOF sobre a
entrada de capital estrangeiro para aplicações em renda fixa.
(Reportagem adicional de Luciana Lopez; Edição de Daniela
Machado)