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CÂMBIO-Dólar volta a ceder, mercado ainda monitora governo

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - O dólar retomou a tendência de queda frente ao real nesta quinta-feira, seguindo a orientação do exterior, mesmo com as incertezas sobre uma intervenção mais agressiva do governo. A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,64 por cento, a 1,716 real. Na véspera, o dólar […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 13h41.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - O dólar retomou a
tendência de queda frente ao real nesta quinta-feira, seguindo
a orientação do exterior, mesmo com as incertezas sobre uma
intervenção mais agressiva do governo.

A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,64 por
cento, a 1,716 real.

Na véspera, o dólar interrompeu uma série de dez baixas
consecutivas para subir 1,11 por cento, em meio a rumores sobre
um possível leilão de swap cambial reverso e a comentários do
ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o uso de mais
instrumentos para frear a valorização do real [ID:nN15191711].

A queda nesta sessão ocorreu em sintonia com os mercados
internacionais, em que o dólar voltou a perder valor em relação
às principais moedas .

Na quarta-feira, o Japão vendeu cerca de 2 trilhões de
ienes para barrar a queda do dólar frente a sua moeda, o que
levou volatilidade ao mercado global.

"O mercado não tem motivo para subir. Nós temos uma taxa de
juro alta e o dinheiro no mundo está sobrando", disse Moacir
Marcos Júnior, operador de câmbio e especialista em hedge da
corretora Interbolsa do Brasil.

Ele citou, entre as operações que atraem capitais ao país,
a emissão pretendida de 1 bilhão de dólares em bônus com
vencimento em 2021 pelo Itaú Unibanco . Outras
captações têm ocorrido nas últimas semanas e há ainda a oferta
de ações da Petrobras .

Segundo dados do Banco Central, entraram no país neste mês
2,114 bilhões de dólares até o dia 10. Na BM&FBovespa, a oferta
de moeda estrangeira por parte de investidores externos já
alcança 12,5 bilhões de dólares em contratos futuros e de cupom
cambial (DDI), segundo dados de quarta-feira.

GOVERNO

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Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - O dólar retomou a
tendência de queda frente ao real nesta quinta-feira, seguindo
a orientação do exterior, mesmo com as incertezas sobre uma
intervenção mais agressiva do governo.

A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,64 por
cento, a 1,716 real.

Na véspera, o dólar interrompeu uma série de dez baixas
consecutivas para subir 1,11 por cento, em meio a rumores sobre
um possível leilão de swap cambial reverso e a comentários do
ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o uso de mais
instrumentos para frear a valorização do real [ID:nN15191711].

A queda nesta sessão ocorreu em sintonia com os mercados
internacionais, em que o dólar voltou a perder valor em relação
às principais moedas .

Na quarta-feira, o Japão vendeu cerca de 2 trilhões de
ienes para barrar a queda do dólar frente a sua moeda, o que
levou volatilidade ao mercado global.

"O mercado não tem motivo para subir. Nós temos uma taxa de
juro alta e o dinheiro no mundo está sobrando", disse Moacir
Marcos Júnior, operador de câmbio e especialista em hedge da
corretora Interbolsa do Brasil.

Ele citou, entre as operações que atraem capitais ao país,
a emissão pretendida de 1 bilhão de dólares em bônus com
vencimento em 2021 pelo Itaú Unibanco . Outras
captações têm ocorrido nas últimas semanas e há ainda a oferta
de ações da Petrobras .

Segundo dados do Banco Central, entraram no país neste mês
2,114 bilhões de dólares até o dia 10. Na BM&FBovespa, a oferta
de moeda estrangeira por parte de investidores externos já
alcança 12,5 bilhões de dólares em contratos futuros e de cupom
cambial (DDI), segundo dados de quarta-feira.

GOVERNO

Apesar da expressiva oferta de dólares no país, o discurso
do governo contra a valorização do real provoca mudanças de
estratégia de curto prazo de bancos, como o BNP Paribas, que
recomendou compra de dólar a 1,719 real com alvo a 1,780 real.

"Se as condições do mercado melhorarem, a probabilidade de
uma intervenção maior vai crescer, evitando que o real se
valorize. Se as condições piorarem, o real se desvaloriza em
linha com o resto do mercado. Por isso, o balanço de riscos
pende para um real mais fraco no curto prazo", avaliou o
estrategista Diego Donadio, do BNP Paribas, em relatório.

Dados das reservas internacionais indicam que o Banco
Central reforçou as compras de dólares desde que passou a fazer
dois leilões diários. As reservas alcançaram na quarta-feira o
recorde de 266,098 bilhões de dólares [ID:nN16129698].

Sobre a possível intervenção do Ministério da Fazenda por
meio do Fundo Soberano, uma fonte do governo afirmou à Reuters
que as compras seriam feitas "sem o mercado saber" e que a
maior preocupação é com o ritmo das variações do mercado, e não
com uma cotação específica [ID:nN16271841]. Questionado se o
governo lançaria mão de medidas tributárias para conter o
fluxo, a fonte disse que o IOF só seria usado como "último
recurso."

(Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa; Edição de
Daniela Machado)

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