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CÂMBIO-Dólar quebra série de altas; BC faz apenas um leilão

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - O dólar estacionou perto da cotação de 1,69 real nesta sexta-feira, com a queda do euro no mercado externo segurando a taxa de câmbio no Brasil. A principal novidade do dia foi a realização de apenas um leilão de compra de dólares pelo Banco Central, […]

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 15h45.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - O dólar estacionou
perto da cotação de 1,69 real nesta sexta-feira, com a queda do
euro no mercado externo segurando a taxa de câmbio no Brasil.

A principal novidade do dia foi a realização de apenas um
leilão de compra de dólares pelo Banco Central, diferentemente
dos últimos quatro dias, quando houve duas operações em cada.

A moeda norte-americana fechou com variação negativa
de 0,12 por cento, a 1,686 real. Na semana, após três dias
seguidos de alta entre terça e quinta-feira, o dólar registrou
valorização acumulada de 1,2 por cento.

O dólar caiu na maior parte do dia, em um refluxo da alta
provocada na véspera pela criação pelo Banco Central de um
depósito compulsório para as posições vendidas dos bancos.

Mais tarde, no entanto, a valorização do dólar no exterior
amenizou esse efeito. A moeda reagiu à queda maior que a
esperada na taxa de desemprego dos Estados Unidos, que indicou,
apesar do maior desalento entre os trabalhadores, que a
recuperação do país continua em curso.

O euro , afetado pela preocupação com a emissão de
títulos de dívida na próxima semana por países como Portugal,
Espanha e Itália, era uma das moedas que mais sofria, com queda
de 0,6 por cento, para o menor nível em quatro meses.

No Brasil, o comportamento do FRA (forward rate agreement)
de cupom cambial indicou que o primeiro impacto da nova medida
do BC já passou. O contrato com vencimento mais curto ,
que havia disparado em meio ao desmonte de posições na
quinta-feira, caía de 2,52 a 2,30 por cento nesta sessão.

Mas, para Francisco Carvalho, gerente de câmbio da
corretora BGC Liquidez, o mercado deve continuar a ver o
desmonte de posições vendidas no mercado à vista por parte dos
bancos ao longo das próximas semanas.

Um efeito desse desmonte, já previsto por analistas na
véspera, era a diminuição das compras de dólares pelo BC.
[ID:nN06115555] O operador de um banco em São Paulo, que
preferiu não ser identificado, estimou em 300 milhões de
dólares as compras na quinta-feira.

Na opinião do banco francês BNP Paribas, a possibilidade
novas medidas do governo para frear a valorização do real torna
mais atraente a adoção de posições compradas em dólar,
apostando na alta da moeda norte-americana. O analista Diego
Donadio, inclusive, revisou a projeção de curto prazo para a
taxa de câmbio de 1,70 para 1,72 real.

(Edição de Aluísio Alves)

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Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - O dólar estacionou
perto da cotação de 1,69 real nesta sexta-feira, com a queda do
euro no mercado externo segurando a taxa de câmbio no Brasil.

A principal novidade do dia foi a realização de apenas um
leilão de compra de dólares pelo Banco Central, diferentemente
dos últimos quatro dias, quando houve duas operações em cada.

A moeda norte-americana fechou com variação negativa
de 0,12 por cento, a 1,686 real. Na semana, após três dias
seguidos de alta entre terça e quinta-feira, o dólar registrou
valorização acumulada de 1,2 por cento.

O dólar caiu na maior parte do dia, em um refluxo da alta
provocada na véspera pela criação pelo Banco Central de um
depósito compulsório para as posições vendidas dos bancos.

Mais tarde, no entanto, a valorização do dólar no exterior
amenizou esse efeito. A moeda reagiu à queda maior que a
esperada na taxa de desemprego dos Estados Unidos, que indicou,
apesar do maior desalento entre os trabalhadores, que a
recuperação do país continua em curso.

O euro , afetado pela preocupação com a emissão de
títulos de dívida na próxima semana por países como Portugal,
Espanha e Itália, era uma das moedas que mais sofria, com queda
de 0,6 por cento, para o menor nível em quatro meses.

No Brasil, o comportamento do FRA (forward rate agreement)
de cupom cambial indicou que o primeiro impacto da nova medida
do BC já passou. O contrato com vencimento mais curto ,
que havia disparado em meio ao desmonte de posições na
quinta-feira, caía de 2,52 a 2,30 por cento nesta sessão.

Mas, para Francisco Carvalho, gerente de câmbio da
corretora BGC Liquidez, o mercado deve continuar a ver o
desmonte de posições vendidas no mercado à vista por parte dos
bancos ao longo das próximas semanas.

Um efeito desse desmonte, já previsto por analistas na
véspera, era a diminuição das compras de dólares pelo BC.
[ID:nN06115555] O operador de um banco em São Paulo, que
preferiu não ser identificado, estimou em 300 milhões de
dólares as compras na quinta-feira.

Na opinião do banco francês BNP Paribas, a possibilidade
novas medidas do governo para frear a valorização do real torna
mais atraente a adoção de posições compradas em dólar,
apostando na alta da moeda norte-americana. O analista Diego
Donadio, inclusive, revisou a projeção de curto prazo para a
taxa de câmbio de 1,70 para 1,72 real.

(Edição de Aluísio Alves)

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