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CÂMBIO-Dólar fecha quase estável em dia de liquidez reduzida

Por José de Castro SÃO PAULO, 25 de novembro (Reuters) - O dólar terminou praticamente estável ante o real nesta quinta-feira, numa sessão de fraca liquidez em meio a um feriado nos Estados Unidos. A moeda operou com queda maior durante boa parte do dia, captando um modesto apetite por risco no exterior. Mas próximo […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 15h56.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 25 de novembro (Reuters) - O dólar terminou
praticamente estável ante o real nesta quinta-feira, numa
sessão de fraca liquidez em meio a um feriado nos Estados
Unidos.

A moeda operou com queda maior durante boa parte do dia,
captando um modesto apetite por risco no exterior. Mas próximo
ao fechamento o ímpeto de baixa arrefeceu após o Banco Central
comprar dólares no mercado à vista, definindo como taxa de
corte 1,7203 real.

No final, a divisa teve oscilação negativa de 0,06
por cento, a 1,722 real na venda.

"O euro está recuperando algum terreno hoje e de certa
forma isso está ajudando aqui também. De qualquer maneira,
ficar vendido em dólar hoje é rentável no Brasil, e o mercado
está operando em cima disso", disse Alfredo Barbuti, economista
da BGC Liquidez.

A moeda única europeia se afastava da mínima em dois
meses frente ao dólar, amparada pela demanda de exportadores,
após na véspera não conseguir acompanhar o otimismo global
desencadeado por dados positivos nos Estados Unidos.

A ausência das operações nos mercados norte-americanos,
fechados devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, tirava boa
parte da liquidez das demais praças.

Por aqui, de acordo com dados da clearing (câmara de
compensação) da BM&FBovespa, pouco mais de 648 milhões de
dólares haviam sido registrados nesta sessão.

Na visão de Barbuti, os investidores de certa forma estão
menos apreensivos com eventuais medidas do governo no mercado
de câmbio, o que favorece um ambiente mais vendido em dólar.

"Acredito que apenas quando as discussões se voltarem para
a influência da taxa de câmbio barata no saldo comercial e na
atividade como um todo é que o governo poderá trazer esse
debate à tona novamente", avaliou.

Com o atual contexto apontando poucas mudanças no mercado,
ao menos no curto prazo, os investidores estrangeiros mantinham
elevadas apostas contra o dólar. Na véspera, de acordo com
dados da BM&FBovespa, os não-residentes sustentavam mais de 12
bilhões de dólares em exposição vendida em moeda estrangeira
nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI).

Para o operador de uma corretora paulista, que pediu
anonimato, os agentes reagiram com tranquilidade à definição da
nova equipe econômica pela presidente Dilma Rousseff, dizendo
que "o novo grupo não muda muito as perspectivas para o
(mercado de) câmbio".

Na tarde de quarta-feira, Dilma confirmou Guido Mantega no
Ministério da Fazenda, Miriam Belchior para o Ministério de
Planejamento, Orçamento e Gestão, e Alexandre Tombini para
presidir o Banco Central [ID:nN24241575].

(Edição de Aluísio Alves)

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Por José de Castro

SÃO PAULO, 25 de novembro (Reuters) - O dólar terminou
praticamente estável ante o real nesta quinta-feira, numa
sessão de fraca liquidez em meio a um feriado nos Estados
Unidos.

A moeda operou com queda maior durante boa parte do dia,
captando um modesto apetite por risco no exterior. Mas próximo
ao fechamento o ímpeto de baixa arrefeceu após o Banco Central
comprar dólares no mercado à vista, definindo como taxa de
corte 1,7203 real.

No final, a divisa teve oscilação negativa de 0,06
por cento, a 1,722 real na venda.

"O euro está recuperando algum terreno hoje e de certa
forma isso está ajudando aqui também. De qualquer maneira,
ficar vendido em dólar hoje é rentável no Brasil, e o mercado
está operando em cima disso", disse Alfredo Barbuti, economista
da BGC Liquidez.

A moeda única europeia se afastava da mínima em dois
meses frente ao dólar, amparada pela demanda de exportadores,
após na véspera não conseguir acompanhar o otimismo global
desencadeado por dados positivos nos Estados Unidos.

A ausência das operações nos mercados norte-americanos,
fechados devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, tirava boa
parte da liquidez das demais praças.

Por aqui, de acordo com dados da clearing (câmara de
compensação) da BM&FBovespa, pouco mais de 648 milhões de
dólares haviam sido registrados nesta sessão.

Na visão de Barbuti, os investidores de certa forma estão
menos apreensivos com eventuais medidas do governo no mercado
de câmbio, o que favorece um ambiente mais vendido em dólar.

"Acredito que apenas quando as discussões se voltarem para
a influência da taxa de câmbio barata no saldo comercial e na
atividade como um todo é que o governo poderá trazer esse
debate à tona novamente", avaliou.

Com o atual contexto apontando poucas mudanças no mercado,
ao menos no curto prazo, os investidores estrangeiros mantinham
elevadas apostas contra o dólar. Na véspera, de acordo com
dados da BM&FBovespa, os não-residentes sustentavam mais de 12
bilhões de dólares em exposição vendida em moeda estrangeira
nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI).

Para o operador de uma corretora paulista, que pediu
anonimato, os agentes reagiram com tranquilidade à definição da
nova equipe econômica pela presidente Dilma Rousseff, dizendo
que "o novo grupo não muda muito as perspectivas para o
(mercado de) câmbio".

Na tarde de quarta-feira, Dilma confirmou Guido Mantega no
Ministério da Fazenda, Miriam Belchior para o Ministério de
Planejamento, Orçamento e Gestão, e Alexandre Tombini para
presidir o Banco Central [ID:nN24241575].

(Edição de Aluísio Alves)

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