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CÂMBIO-Dólar à vista rompe barreira psicológica de R$1,70

SÃO PAULO, 30 de setembro (Reuters) - O dólar rompeu o patamar de 1,70 real nesta quinta-feira, seguindo o viés do mercado global após semanas de hesitação diante da incerteza sobre a política de intervenções do governo. Às 10h31, a moeda norte-americana era cotada a 1,698 real, em queda de 0,41 por cento. Na mínima […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2010 às 07h32.

SÃO PAULO, 30 de setembro (Reuters) - O dólar rompeu o
patamar de 1,70 real nesta quinta-feira, seguindo o viés do
mercado global após semanas de hesitação diante da incerteza
sobre a política de intervenções do governo.

Às 10h31, a moeda norte-americana era cotada a 1,698
real, em queda de 0,41 por cento. Na mínima do dia, o dólar
chegou a 1,697 real.

Na véspera, o dólar já havia caído abaixo de 1,70 real, mas
se recuperou logo em seguida. Caso termine o dia abaixo de 1,70
real, será a primeira vez que isso acontece desde setembro de
2008, antes da quebra do Lehman Brothers e do auge da crise
global.

"O mercado continua com fluxo ainda forte de entrada. Você
tem os juros altos, que atrai (capital). Você tem uma ameaça do
governo de colocar imposto, IOF, que queira ou não acaba
induzindo o pessoal a antecipar um pouco (a entrada de
dólares). E tem fator mundial também", disse José Carlos Amado,
operador de câmbio da corretora Renascença.

Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou
que o governo planeje mudar neste momento a cobrança de IOF
sobre a entrada de capital estrangeiro para ações e renda fixa.
No mesmo dia, porém, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, havia admitido a possibilidade. [ID:nN28125550]

Por ora, a intervenção do governo tem se restringido à
compra de dólares pelo Banco Central no mercado à vista, em
dois leilões por dia, com o objetivo de enxugar o fluxo
excedente de moeda estrangeira.

De acordo com Amado, a aposta generalizada na queda do
dólar enfraqueceu inclusive a tradicional disputa pela Ptax de
fechamento do mês, quando os agentes tentam influenciar a taxa
de câmbio usada como referência para a liquidação de contratos
futuros e outros derivativos. "A briga de Ptax não existe. Está
todo mundo do mesmo lado", afirmou.

Nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI), os
estrangeiros sustentavam quase 16 bilhões de dólares em
posições vendidas na quarta-feira, ou aproximadamente 320 mil
contratos, segundo dados da BM&FBovespa.

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Vanessa Stelzer)

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SÃO PAULO, 30 de setembro (Reuters) - O dólar rompeu o
patamar de 1,70 real nesta quinta-feira, seguindo o viés do
mercado global após semanas de hesitação diante da incerteza
sobre a política de intervenções do governo.

Às 10h31, a moeda norte-americana era cotada a 1,698
real, em queda de 0,41 por cento. Na mínima do dia, o dólar
chegou a 1,697 real.

Na véspera, o dólar já havia caído abaixo de 1,70 real, mas
se recuperou logo em seguida. Caso termine o dia abaixo de 1,70
real, será a primeira vez que isso acontece desde setembro de
2008, antes da quebra do Lehman Brothers e do auge da crise
global.

"O mercado continua com fluxo ainda forte de entrada. Você
tem os juros altos, que atrai (capital). Você tem uma ameaça do
governo de colocar imposto, IOF, que queira ou não acaba
induzindo o pessoal a antecipar um pouco (a entrada de
dólares). E tem fator mundial também", disse José Carlos Amado,
operador de câmbio da corretora Renascença.

Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou
que o governo planeje mudar neste momento a cobrança de IOF
sobre a entrada de capital estrangeiro para ações e renda fixa.
No mesmo dia, porém, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, havia admitido a possibilidade. [ID:nN28125550]

Por ora, a intervenção do governo tem se restringido à
compra de dólares pelo Banco Central no mercado à vista, em
dois leilões por dia, com o objetivo de enxugar o fluxo
excedente de moeda estrangeira.

De acordo com Amado, a aposta generalizada na queda do
dólar enfraqueceu inclusive a tradicional disputa pela Ptax de
fechamento do mês, quando os agentes tentam influenciar a taxa
de câmbio usada como referência para a liquidação de contratos
futuros e outros derivativos. "A briga de Ptax não existe. Está
todo mundo do mesmo lado", afirmou.

Nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI), os
estrangeiros sustentavam quase 16 bilhões de dólares em
posições vendidas na quarta-feira, ou aproximadamente 320 mil
contratos, segundo dados da BM&FBovespa.

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Vanessa Stelzer)

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