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BTG Pactual vê pouca chance de Fleury fechar capital

Banco acredita que o mais provável seja a venda de uma participação minoritária da CORE para um fundo de participações


	Fleury: apesar da marca forte e da alta qualidade de seus sistemas, o Fleury tem sofrido após sua abertura de capita com sua marca popular a+ e com suas marcas mais sofisticadas
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Fleury: apesar da marca forte e da alta qualidade de seus sistemas, o Fleury tem sofrido após sua abertura de capita com sua marca popular a+ e com suas marcas mais sofisticadas (.)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 09h55.

São Paulo - O anúncio do CORE, grupo controlador da rede de laboratórios Fleury, sobre a contratação do J.P. Morgan para negociar parte de sua fatia na empresa não deve resultar em troca de controle ou fechamento de capital, avaliam analistas do BTG Pactual.

Em relatório enviado aos clientes, assinado por João Carlos Santos e Pedro Montenegro, o banco acredita que o mais provável seja a venda de uma participação minoritária da CORE para um fundo de participações. O BTG vê um potencial limitado de ganhos para um fundo de private equity retirar a empresa da bolsa. Além disso, o preço das ações estariam elevados para muitos potenciais investidores estratégicos.

Para o BTG, apesar da marca forte e da alta qualidade de seus sistemas, o Fleury tem sofrido após sua abertura de capita com sua marca popular a+ e com suas marcas mais sofisticadas, o que tem se refletido em seu Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC na sigla em inglês).

O número tem ficado próximo de 10% ao ano, caindo de 10,7% em 2011 para 10,0% este ano. Nesse caso, a entrada de um novo parceiro estratégico na CORE, com alguma associação internacional, poderia permitir ao grupo compartilhar melhores práticas, reforçar a gestão e promover economias de escala.

Já com relação à saída da bolsa, considerando um prêmio de 20% sobre o valor das ações, o possível comprador teria de elevar o ROIC da empresa a 30% e promover um crescimento de receitas de 15% ao ano em cinco anos para compensar a operação, o que, avalia o BTG, não seria fácil para nenhum fundo de private equity em geral.

O banco alerta também que o ambiente segue desafiador para a empresa, com os lucros se deteriorando no terceiro trimestre deste ano, e o quarto não deve ser muito melhor com mais cancelamentos de contratos, como os que afetaram o trimestre passado. O BTG segue com recomendação neutra (equivalente a manter) para o Fleury e um preço justo de R$ 20,00 por ação.

Mas alerta que, por conta dos boatos de fechamento de capital, o papel pode subir mais que essa estimativa.

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