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BTG Pactual vê Ibovespa em 131 mil pontos em 2020

No cenário mais otimista, índice da bolsa chegaria em 197 mil pontos no próximo ano, considerando um avanço do PIB de 3% e juro real de 2,5%

banco suíço UBS elevou a recomendação de compra das ações brasileiras de "overweight" (acima da média do mercado) para "strong overweight" (muito acima de média). (Cris Faga/Getty Images)

banco suíço UBS elevou a recomendação de compra das ações brasileiras de "overweight" (acima da média do mercado) para "strong overweight" (muito acima de média). (Cris Faga/Getty Images)

TL

Tais Laporta

Publicado em 21 de novembro de 2019 às 18h16.

Em um cenário de juros baixos por mais tempo, a bolsa brasileira deve alçar voos mais altos em 2020. Foi este o cenário que o BTG Pactual traçou para o Ibovespa no ano que vem: uma pontuação que pode crescer 23,4% em relação ao nível atual, chegando em 131 mil, considerando uma taxa de juros real de 3% e um crescimento sustentável do PIB de 2% ao ano.

O banco também desenhou outros cenários possíveis. No mais otimista, o principal indicador da bolsa chegaria em 197 mil pontos no próximo ano, considerando um avanço do PIB brasileiro da ordem de 3% e um juro real de 2,5%.

“Com um custo de capital mais baixo, a relação entre o preço e lucro do Ibovespa pode ser muito maior”, diz o banco em relatório divulgado nesta quinta-feira (21), destacando que desde o primeiro turno das eleições presidenciais, em outubro, o Ibovespa já subiu 29% em moeda local e 19% em dólares, e acrescentando que há espaço para acreditar em mais valorização.

Segundo o BTG, o desempenho recente do Ibovespa reflete em parte o crescimento do lucro das empresas. “O crescimento nos ganhos explica por que o Ibovespa está operando apenas com um pequeno prêmio em relação a sua média histórica, apesar de subir em anos recentes”, diz o relatório.

Ainda segundo o BTG, os prêmios de risco estão bem acima da média histórica, sugerindo que há espaço para que os preços das ações subam ainda mais e tragam os retornos de volta para a média.

Melhora nas avaliações do UBS e Morgan Stanley

Também nesta quinta, o banco suíço UBS elevou a recomendação de compra das ações brasileiras de "overweight" (acima da média do mercado) para "strong overweight" (muito acima de média). Na prática, a instituição vê chances maiores de que o mercado brasileiro performe melhor que outras praças acionárias, segundo um relatório enviado a clientes nesta quinta.

Os analistas Ronaldo Patah e Alejo Czerwonko reduziram a recomendação para alocar recursos em títulos de dúvida, passando de neutro para underweight (classificação que equivale à venda). “Acreditamos que o caminho é fértil para um crescimento saudável e consistente do PIB nos anos que estão por vir, sustentada pelo aumento do consumo e dos investimentos", diz.

Em setembro, EXAME noticiou que apesar da fraqueza que dominava a bolsa brasileira no período, analistas seguiam confiantes no ciclo de alta – ainda que com riscos adicionados ao percurso. O mercado não descartava novos recordes do Ibovespa, que já aconteceram após a bolsa ultrapassar os 109 mil pontos, e analistas chegaram a prever o Ibovespa em até 124 no final deste ano

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