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Bovespa tomba 1,8% por cena externa hostil e ata do Copom

São Paulo - A combinação de ambiente externo hostil com o impacto negativo da ata do Copom sobre as ações de bancos impuseram à Bovespa seu pior dia em um mês nesta quinta-feira.</p> O Ibovespa recuou 1,82 por cento, aos 66.040 pontos --menor nível de fechamento desde 11 de fevereiro e maior recuo desde 9 […]

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 22h27.

São Paulo - A combinação de ambiente externo hostil com o impacto negativo da ata do Copom sobre as ações de bancos impuseram à Bovespa seu pior dia em um mês nesta quinta-feira.</p>

O Ibovespa recuou 1,82 por cento, aos 66.040 pontos --menor nível de fechamento desde 11 de fevereiro e maior recuo desde 9 de fevereiro. O giro financeiro do pregão totalizou 7,56 bilhões de reais.

O teor do documento do colegiado do Banco Central sinalizou ao mercado que, caso a inflação siga pressionada, novas medidas macroprudenciais poderão ser adotadas em vez de um aperto mais agressivo da política de juros. Como na última vez essas medidas alternativas envolveram mais restrição ao crédito, as ações de bancos foram as mais machucadas.

Em destaque, Itaú Unibanco perdeu 3,84 por cento, a 34,82 reais, seguido por Bradesco, com baixa de 3,7 por cento, a 30,22 reais, e Banco do Brasil, que fechou cotado a 28,01 reais, após cair 2,91 por cento.

No plano internacional, um déficit comercial elevado na China, o aumento dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos e o corte na classificação da dívida soberana da Espanha pela Moody's empurraram as bolsas ladeira abaixo.

"Hoje foi uma combinação de notícias econômicas negativas, pioradas com mais turbulência no Oriente Médio", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos.

Não bastassem os conflitos envolvendo forças pró e contra o governo na Líbia, nesta quinta-feira um produtor ainda mais importante de petróleo, a Arábia Saudita, assustou o mercado, após notícias de que o governo local teria dispersado manifestantes com tiros. A cotação do petróleo reduziu fortemente as perdas da manhã, mas ainda fechou em baixa.

No mercado acionário, prevaleceu a cautela, com recuo generalizado das ações ligadas a commodities. Entre as petroleiras, OGX, a pior do índice, tombou 5 por cento, a 19,00 reais. O papel preferencial da Petrobras perdeu 1,51 por cento, a 28,12 reais.

No segmento de metais, Vale teve baixa de 3,3 por cento, saindo a 46,06 reais. CSN perdeu 2,5 por cento, negociada a 25,79 reais.

A coluna de ganhos foi dominada por construtoras e mais uma vez pelas empresas de meios de pagamento eletrônico. No topo do índice, Rossi Residencial ganhou 2,96 por cento, cotada a 13,20 reais. Mais atrás, Redecard avançou 1,11 por cento, a 22,85 reais.

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