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Bovespa tenta seguir em alta, amparada pelo exterior

Com perdas de 22,6% no acumulado do ano e de 16,3% apenas neste trimestre, até ontem, o Ibovespa caminha para o pior desempenho para igual período desde de 1972


	Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,66%, aos 47.483,96 pontos, na máxima
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,66%, aos 47.483,96 pontos, na máxima (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 10h38.

São Paulo - A trégua nos mercados internacionais continua favorecendo uma melhora na performance da Bovespa nesta quinta-feira. Resta saber se os negócios locais terão fôlego extra para seguir em frente, ou se os investidores irão preferir realizar os ganhos recentes.

Seja como for, a renda variável doméstica não deve escapar de uma performance desastrosa ao final desse semestre. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,66%, aos 47.483,96 pontos, na máxima.

Com perdas de 22,6% no acumulado do ano e de 16,3% apenas neste trimestre, até ontem, o Ibovespa caminha para o pior desempenho para igual período inicial de seis meses desde o primeiro semestre de 1972 (-31,44%), no auge da crise do petróleo e quando o mercado acionário doméstico ainda amadurecia.

Considerando-se todos os períodos semestrais, de início ou de fim de ano, a desvalorização registrada até ontem representava a maior desde o segundo trimestre de 1980, quando cedeu 24,42%.

Os números comparativos são da Economatica, em levantamento feito a pedido do Broadcast. Além disso, a consultoria mostra que a queda verificada entre abril e junho é a maior para igual período também desde 1972 (-16,60%).

Nesse sentido, um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista afirma que os ganhos verificados pela Bolsa nos últimos dois dias caracterizam um típico movimento de compras de oportunidade e, "basta um primeiro estresse para o mercado devolver". Hoje, contudo, o profissional acredita que a Bolsa deve seguir em frente, amparada pelo exterior.


Ainda às 9h40, o índice futuro do S&P 500 avançava 0,52%, já reagindo à queda menor que a esperada nos pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos Estados Unidos, para 346 mil ante previsão de baixa a 345 mil. Além disso, os dados da semana anterior foram revisados para cima. Já os gastos com consumo nos EUA cresceram dentro do esperado em maio, em +0,3%, ao passo que a renda pessoal avançou 0,5%, no mesmo mês, ante expectativa de +0,2%.

Logo mais, às 11 horas, é a vez das vendas pendentes de imóveis residenciais em maio e, por fim, às 12 horas, do índice regional de atividade em Kansas City neste mês.

Entre os eventos de relevo, o dirigente do Federal Reserve Jerome Powell discursa, às 11h30. Na Europa, acontece a reunião de cúpula dos líderes da União Europeia (UE), em Bruxelas. As principais bolsas da região oscilam sem direção única, após uma rodada mista de indicadores econômicos na zona do euro.

No Brasil, o Banco Central divulgou, há pouco, o Relatório Trimestral de Inflação referente a segundo trimestre de 2013, no qual aponta para um aumento na previsão para o IPCA neste ano, no cenário de referência, de 5,7% para 6,0%.

Além disso, foi elevada a estimativa para o câmbio, no mesmo cenário e para o mesmo período, passando de R$ 1,95 para R$ 2,10. A autoridade monetária também revisou, para baixo, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 3,1% para 2,7%.

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