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Bovespa sustenta alta de mais de 1%, apesar das perdas em NY

A bolsa abriu em alta e renovou máximas nesta quarta-feira

Operadores na Bovespa: às 10h33, o Ibovespa renovava a máxima, com alta de 1,58%, aos 51.958,77 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2015 às 11h25.

São Paulo - A Bovespa abriu em alta e renovou máximas nesta quarta-feira, 1, apesar das perdas registradas nas bolsas em Nova York após a abertura.

O apetite por ações brasileira se apoia no ambiente mais tranquilo nos mercados, por enquanto, depois do acordo entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o PMDB, ontem.

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O acordo permite que a correção de débitos de Estados e municípios não mude até 2016, quando o governo deve fazer uma devolução de valores às unidades da federação após a adoção de um novo indexador.

O desempenho de Levy a terça-feira, 31 de março, em depoimento de mais de sete horas no Senado também agradou ao mercado, principalmente a indicação de que novos impostos ou a alta de alíquotas não são descartados.

Por isso, os agentes de renda variável deixam em segundo plano a forte queda do PMI da indústria no Brasil para 46,2 em março, ante 49,6 em fevereiro. Este é o nível mais baixo do indicador desde setembro de 2011.

Às 10h33, o Ibovespa renovava a máxima, com alta de 1,58%, aos 51.958,77 pontos. Até esse horário, o índice da bolsa brasileira registrou mínima aos 51.186,27 pontos (+0,07%).

Em Nova York, nesse horário, o Dow Jones perdia 0,41%; o S&P500, -0,35%; e o Nasdaq, -0,30%.

Em Wall Street, as bolsas reagem aos dados mais fracos que o esperado de empregos do setor privado no país. O relatório ADP nos Estados Unidos mostrou a criação de 189 mil postos de trabalho, ante expectativa de 225 mil.

A leitura de fevereiro foi revisada para cima, a 214 mil postos de trabalho criados, de 212 mil. O dólar e os juros dos Treasuries também perderam força depois desse indicador norte-americano.

A crise entre o governo e o PMDB é o que tem prejudicado os mercados, então hoje podemos ter uma dia melhor para a Bovespa, disse um operador de renda variável.

Há expectativas ainda se o investidor estrangeiro continuará comprando Bolsa, já que a queda do dólar pode levá-lo a mudar essa estratégia, ponderou o mesmo profissional ao Broadcast. No primeiro trimestre, o Ibovespa acumulou valorização de 2,29%.

Na Europa, dados de atividade da indústria na zona do euro dão tração às bolsas da região, ainda que as negociações entre a Grécia e seus credores continuem no foco.

Na zona do Euro, o índice dos gerentes de compras (PMI) industrial avançou para o maior nível em 10 meses em março.

O dado ficou em 52,2, superando a previsão de alta a 51,9, com resultados robustos também nas quatro maiores economias do bloco da moeda única.

Voltando ao cenário doméstico, foi divulgada mais cedo a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa, válida para o período de maio a agosto de 2015.

A principal novidade é a entrada das ações ordinárias da Smiles, com peso de 0,338%.

Outras mudanças são a exclusão das ações ordinárias da PDG e Light. A entrada das ações da Smiles já era esperada pelo mercado, conforme antecipou o Broadcast.

As ações preferenciais do Itaú Unibanco seguem como as de maior peso no Ibovespa, com participação de 11,277%. Depois vem Bradesco PN na segunda colocação entre as ações de maior peso na carteira, com 8,603%, seguida por Ambev ON, com 7,325%.

As ações PN da Petrobras ficaram com participação de 4,682% e a ON de 3,093%. Vale PNA aparece com 3,460% e Vale ON, com 2,700%.

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