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Bovespa sobe 2,83% com nova meta de esforço fiscal

Alta fez a bolsa se aproximar dos 55 mil pontos; apenas dois papéis não subiram

A PDG Realty fechou com alta de 7,92%, a maior do Ibovespa (EDUARDO MONTEIRO)

A PDG Realty fechou com alta de 7,92%, a maior do Ibovespa (EDUARDO MONTEIRO)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 18h12.

São Paulo - O clima positivo no exterior, com alguns indicadores favoráveis nos EUA, e o anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de um esforço fiscal extra de R$ 10 bilhões na meta de superávit do governo central este ano levaram a Bolsa de Valores de São Paulo a exibir alta firme hoje. O índice Bovespa retomou os 54 mil pontos e chegou a flertar com os 55 mil pontos durante a sessão.

O Ibovespa terminou o pregão com ganho de 2,83%, aos 54.860,73 pontos. Na mínima, registrou 53.356 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 55.027 pontos (+3,14%). A alta de hoje reduziu as perdas acumuladas no mês - que já chegaram a 17,26% no dia 8 - a 6,74%. No ano, o Ibovespa cai 20,84%. O giro financeiro totalizou R$ 5,420 bilhões. Os dados são preliminares.

Nos EUA, os investidores já estavam de bom humor com o discurso do presidente do banco central (Fed), Ben Bernanke, na sexta-feira, em Jackson Hole. Embora ele não tenha anunciado nenhuma medida de estímulo econômico, ele não fechou a porta e sinalizou que isso pode acontecer no encontro do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em setembro.

Além disso, alguns dados ajudaram: os gastos dos consumidores americanos subiram 0,8% em julho, no maior avanço em cinco meses e acima da previsão de 0,5%, enquanto a renda pessoal subiu 0,3%, praticamente em linha com a previsão de 0,4%. Do lado da inflação, o núcleo do índice de preços PCE avançou 0,2%, conforme estimativas e bem abaixo da alta de 1,4% de junho. Do lado da atividade, o índice do meio-oeste teve alta de 0,5% ante junho.

O Dow Jones terminou o pregão em alta de 2,26%, aos 11.539,25 pontos, o S&P-500 avançou 2,83%, aos 1.210,08 pontos, e o Nasdaq terminou com variação positiva de 3,32%, aos 2.562,11 pontos. As bolsas europeias também terminaram com ganhos superiores a 2%.

No Brasil, o anúncio de que a meta de superávit primário do governo central em 2011 terá um esforço adicional de R$ 10 bilhões, para R$ 91 bilhões, fez com que crescessem as apostas de corte da taxa Selic já no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central desta semana. Esse movimento incentivou os papéis voltados ao mercado doméstico, como consumo e construção civil.

PDG ON liderou as altas do Ibovespa, com valorização de 7,92%, seguida por B2W ON, +7,90%, Cyrela ON, +7,23%, Bisa ON, +7,21%, MRV ON, +6,99%, e Lojas Americanas PN, + 6,31%.

As altas, no entanto, foram generalizadas - só dois papéis do índice recuaram: Natura ON (-3,87%) e Usiminas PNA (-1,88%).

Petrobras ON, +3,62%, Petrobras PN, +2,96%, Vale ON, +2,55%, Vale PNA, +1,92%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo para outubro subiu 2,22%, a US$ 87,27 o barril.

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