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Bovespa opera volátil com cena externa e Petrobras

Praças acionárias globais reagiam desde cedo com nervosismo ao fechamento de bancos na Grécia

Plataforma da Petrobras: às 12h57, o Ibovespa caía 1,76 por cento, a 53.063 pontos (Germano Lüders / EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 13h17.

São Paulo - O principal índice da Bovespa ampliava as perdas no início da tarde desta segunda-feira, alinhado ao quadro desfavorável no exterior com desdobramentos ligados à Grécia, conforme as ações da Petrobras perdiam o fôlego e operavam voláteis em meio à divulgação do Plano de Negócios e Gestão 2015 e 2019.

Às 12h57, o Ibovespa caía 1,76 por cento, a 53.063 pontos. O volume financeiro somava 2 bilhões de reais.

Em Wall Street, o S&P 500 recuava mais de 1 por cento, após o fracasso nas negociações para um resgate aos gregos intensificarem temores de que a Grécia pode ser o primeiro país a sair da zona do euro.

Praças acionárias globais reagiam desde cedo com nervosismo ao fechamento de bancos na Grécia e ao anúncio de controles de capital no país, após o governo convocar no final da sexta-feira um referendo para o próximo domingo sobre os termos do acordo de reformas em troca de dinheiro.

Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que o Banco Central Europeu (BCE) rejeitou o pedido da Grécia por 6 bilhões de euros em recursos emergenciais adicionais no domingo, embora deva manter aberta a linha de financiamento usada por bancos gregos até o referendo no dia 5 de julho.

O Credit Suisse afirmou que vê um terço de chance de a Grécia sair da zona do euro e chance de um terço de risco sistêmico se o país sair.

"Além disso, se houver a retirada do ELA (sigla em inglês para linha de financiamento emergencial do BCE), acreditamos que a chance de uma saída da Grécia aumenta para 50 por cento. O pagamento de terça-feira deve atrasar, mas não é o suficiente para ter o saque do fundo", disse o banco em nota a clientes.

O mau humor com Grécia prevalecia sobre a decisão do banco central da China de cortar as taxas de juros pela quarta vez desde novembro e diminuir a quantidade de dinheiro que alguns bancos precisam reter em espécie, em um esforço para impulsionar aquela economia.

Destaques

Petrobras recuava ao redor de 1 por cento, numa sessão volátil em que já subiu quase 3 por cento, conforme agentes analisam anúncio de que planeja investir 130,3 bilhões de dólares entre 2015 e 2019.

"Algumas coisas são mais fáceis de dizer do que fazer, ou seja, a paridade de preços e o grande plano de desinvestimento, que pode ser difícil de alcançar se a sociedade não aceitar vender o controle de alguns ativos. Mas a mensagem é tão boa e realista quanto se pode alcançar", disse o analista do BTG Antonio Junqueira em nota a clientes.

Vale apurava queda de quase 2 por cento nas preferenciais, entre as maiores contribuições negativas para o índice, com os preços do minério de ferro no mercado à vista da China recuando nesta segunda-feira e os contratos futuros do aço na bolsa de Xangai atingindo um novo recorde de baixa, apesar de medidas do governo para minimizar a desaceleração da economia.

O JPMorgan elevou o preço-alvo do ADR (recibo da ação negociado nos EUA) da Vale de 7 para 7,50 dólares no caso das ONs e de 6,50 para 7 dólares no caso das preferenciais, mas disse acreditar que os preços do minério devem ficar pressionados no segundo semestre, assim como os preços de níquel seguirão deprimidos, o que deve manter o fluxo de caixa livre da companhia sob pressão nos próximos dois anos.

Isso e o nível de preço das ações mantém a recomendação "neutra" do banco para a empresa, apesar de os analistas do JPMorgan acreditarem na adequação dos investimentos (capex) e capacidade da direção de guiar a empresa nos próximos trimestres.

Ambev também pesava no Ibovespa, com queda de 1 por cento. O Credit Suisse elevou o preço-alvo do papel de 17,50 para 19 reais, mas manteve a recomendação "neutra", pois o analista Antonio Gonzalez acredita que a ação já está bem precificada.

Entre os pontos desfavoráveis para 2016, ele avalia que as margens podem começar a se deteriorar, assim como considera que investimentos de marketing e pressão nos custos devem continuar.

O Credit Suisse também avalia que um eventual fim do mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP) é um importante risco para a companhia.

Bradesco e Itaú Unibanco reforçavam a pressão de baixa, com declínios de quase 2 e 1 por cento, respectivamente, dado a forte participação que detêm no Ibovespa.

Telefônica Brasil caía mais de 3 por cento, entre as maiores quedas do dia, após avançar quase 6 por cento nos três pregões anteriores, em sessão de baixa no setor de telecomunicações como um todo.

Cia Hering liderava as perdas, com baixa de cerca de 4 por cento, após acrescimo expressivo na última sessão.

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São Paulo - O principal índice da Bovespa ampliava as perdas no início da tarde desta segunda-feira, alinhado ao quadro desfavorável no exterior com desdobramentos ligados à Grécia, conforme as ações da Petrobras perdiam o fôlego e operavam voláteis em meio à divulgação do Plano de Negócios e Gestão 2015 e 2019.

Às 12h57, o Ibovespa caía 1,76 por cento, a 53.063 pontos. O volume financeiro somava 2 bilhões de reais.

Em Wall Street, o S&P 500 recuava mais de 1 por cento, após o fracasso nas negociações para um resgate aos gregos intensificarem temores de que a Grécia pode ser o primeiro país a sair da zona do euro.

Praças acionárias globais reagiam desde cedo com nervosismo ao fechamento de bancos na Grécia e ao anúncio de controles de capital no país, após o governo convocar no final da sexta-feira um referendo para o próximo domingo sobre os termos do acordo de reformas em troca de dinheiro.

Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que o Banco Central Europeu (BCE) rejeitou o pedido da Grécia por 6 bilhões de euros em recursos emergenciais adicionais no domingo, embora deva manter aberta a linha de financiamento usada por bancos gregos até o referendo no dia 5 de julho.

O Credit Suisse afirmou que vê um terço de chance de a Grécia sair da zona do euro e chance de um terço de risco sistêmico se o país sair.

"Além disso, se houver a retirada do ELA (sigla em inglês para linha de financiamento emergencial do BCE), acreditamos que a chance de uma saída da Grécia aumenta para 50 por cento. O pagamento de terça-feira deve atrasar, mas não é o suficiente para ter o saque do fundo", disse o banco em nota a clientes.

O mau humor com Grécia prevalecia sobre a decisão do banco central da China de cortar as taxas de juros pela quarta vez desde novembro e diminuir a quantidade de dinheiro que alguns bancos precisam reter em espécie, em um esforço para impulsionar aquela economia.

Destaques

Petrobras recuava ao redor de 1 por cento, numa sessão volátil em que já subiu quase 3 por cento, conforme agentes analisam anúncio de que planeja investir 130,3 bilhões de dólares entre 2015 e 2019.

"Algumas coisas são mais fáceis de dizer do que fazer, ou seja, a paridade de preços e o grande plano de desinvestimento, que pode ser difícil de alcançar se a sociedade não aceitar vender o controle de alguns ativos. Mas a mensagem é tão boa e realista quanto se pode alcançar", disse o analista do BTG Antonio Junqueira em nota a clientes.

Vale apurava queda de quase 2 por cento nas preferenciais, entre as maiores contribuições negativas para o índice, com os preços do minério de ferro no mercado à vista da China recuando nesta segunda-feira e os contratos futuros do aço na bolsa de Xangai atingindo um novo recorde de baixa, apesar de medidas do governo para minimizar a desaceleração da economia.

O JPMorgan elevou o preço-alvo do ADR (recibo da ação negociado nos EUA) da Vale de 7 para 7,50 dólares no caso das ONs e de 6,50 para 7 dólares no caso das preferenciais, mas disse acreditar que os preços do minério devem ficar pressionados no segundo semestre, assim como os preços de níquel seguirão deprimidos, o que deve manter o fluxo de caixa livre da companhia sob pressão nos próximos dois anos.

Isso e o nível de preço das ações mantém a recomendação "neutra" do banco para a empresa, apesar de os analistas do JPMorgan acreditarem na adequação dos investimentos (capex) e capacidade da direção de guiar a empresa nos próximos trimestres.

Ambev também pesava no Ibovespa, com queda de 1 por cento. O Credit Suisse elevou o preço-alvo do papel de 17,50 para 19 reais, mas manteve a recomendação "neutra", pois o analista Antonio Gonzalez acredita que a ação já está bem precificada.

Entre os pontos desfavoráveis para 2016, ele avalia que as margens podem começar a se deteriorar, assim como considera que investimentos de marketing e pressão nos custos devem continuar.

O Credit Suisse também avalia que um eventual fim do mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP) é um importante risco para a companhia.

Bradesco e Itaú Unibanco reforçavam a pressão de baixa, com declínios de quase 2 e 1 por cento, respectivamente, dado a forte participação que detêm no Ibovespa.

Telefônica Brasil caía mais de 3 por cento, entre as maiores quedas do dia, após avançar quase 6 por cento nos três pregões anteriores, em sessão de baixa no setor de telecomunicações como um todo.

Cia Hering liderava as perdas, com baixa de cerca de 4 por cento, após acrescimo expressivo na última sessão.

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