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Bovespa cai sob pressão de cenários de Brasil e exterior

O cenário internacional se complicou nas últimas 48 horas, colocando a Itália em xeque

Bandeira vibrante da Itália (Giuseppe Cacace/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 10h45.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, influenciada por cenários adversos tanto no Brasil quanto no exterior. Aqui, analistas elevaram a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2011, segundo o boletim Focus, divulgado mais cedo pelo Banco Central (BC). Já nos mercados internacionais, a aversão ao risco cresceu devido às chances de contágio da Itália na crise das dívidas europeias. Às 10h11, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 1,51%, aos 60.585 pontos.

"Só tem coisa ruim hoje", resume o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Para ele, a única notícia boa é a expectativa positiva para o início da temporada de balanços nos Estados Unidos, que irá traçar o quadro corporativo enquanto a economia norte-americana enfrenta dificuldades de recuperação. O pontapé será dado hoje pela Alcoa, após o fechamento das bolsas norte-americanas. "De resto, é mais um dia de pessimismo", completa Galdi.

O cenário internacional se complicou nas últimas 48 horas, colocando a Itália em xeque. Os receios de que o país seja a próxima vítima da crise soberana provoca uma busca por proteção entre os investidores. Eles têm dúvidas sobre a eficácia das autoridades europeias em impedir um contágio para a terceira maior economia da zona do euro e, eventualmente, garantir um resgate financeiro que evite uma crise sistêmica na região.

O temor é tanto que os líderes europeus convocaram uma reunião de emergência para hoje, em Bruxelas, que contará com a presença da mais alta cúpula do bloco. Enquanto isso, o euro era negociado abaixo de US$ 1,41 pela primeira vez em quase um mês, fragilizando ainda mais as commodities (matérias-primas).

Nos EUA, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho no país (payroll) divulgado na sexta-feira ainda está fresco nos negócios, uma vez que frustrou a possibilidade de uma recuperação mais rápida da economia norte-americana e pavimenta o terreno para uma nova rodada de indicadores previstos para esta semana. Já na China, permanecem as dúvidas sobre o ciclo de aperto monetário, uma vez que a inflação ainda não dá alívio e bateu a maior alta em três anos em junho, ao mesmo tempo que a atividade tenta manter nos trilhos a recuperação global, com as exportações atingindo um recorde mensal.

Aqui no Brasil, a pesquisa Focus confirmou as projeções de continuidade de ajustes adicionais na Selic, com o mercado financeiro elevando para 12,75% a taxa básica de juros ao final de 2011. A expectativa é de aumentos de 0,25 ponto porcentual, cada, nas duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Já a inflação está cada vez mais perto de alcançar a banda superior da meta, com a previsão, agora, em 6,31% no fim deste ano. Além disso, o Banco Central anunciou, na noite da última sexta-feira, medida para tentar conter o processo de valorização contínua do real ante o dólar, reduzindo o limite para que os bancos mantenham posição vendida em câmbio.

Nesse emaranhado de notícias, restam poucas dúvidas de que o Ibovespa deve perder de fato o patamar dos 61 mil pontos nesta sessão. A torcida fica para a defesa dos 60,5 mil pontos, fundo que, se rompido, pode intensificar a trajetória descendente do índice à vista, com queda livre até a marca ao redor dos 57,6 mil pontos.

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"Só tem coisa ruim hoje", resume o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi. Para ele, a única notícia boa é a expectativa positiva para o início da temporada de balanços nos Estados Unidos, que irá traçar o quadro corporativo enquanto a economia norte-americana enfrenta dificuldades de recuperação. O pontapé será dado hoje pela Alcoa, após o fechamento das bolsas norte-americanas. "De resto, é mais um dia de pessimismo", completa Galdi.

O cenário internacional se complicou nas últimas 48 horas, colocando a Itália em xeque. Os receios de que o país seja a próxima vítima da crise soberana provoca uma busca por proteção entre os investidores. Eles têm dúvidas sobre a eficácia das autoridades europeias em impedir um contágio para a terceira maior economia da zona do euro e, eventualmente, garantir um resgate financeiro que evite uma crise sistêmica na região.

O temor é tanto que os líderes europeus convocaram uma reunião de emergência para hoje, em Bruxelas, que contará com a presença da mais alta cúpula do bloco. Enquanto isso, o euro era negociado abaixo de US$ 1,41 pela primeira vez em quase um mês, fragilizando ainda mais as commodities (matérias-primas).

Nos EUA, o relatório oficial sobre o mercado de trabalho no país (payroll) divulgado na sexta-feira ainda está fresco nos negócios, uma vez que frustrou a possibilidade de uma recuperação mais rápida da economia norte-americana e pavimenta o terreno para uma nova rodada de indicadores previstos para esta semana. Já na China, permanecem as dúvidas sobre o ciclo de aperto monetário, uma vez que a inflação ainda não dá alívio e bateu a maior alta em três anos em junho, ao mesmo tempo que a atividade tenta manter nos trilhos a recuperação global, com as exportações atingindo um recorde mensal.

Aqui no Brasil, a pesquisa Focus confirmou as projeções de continuidade de ajustes adicionais na Selic, com o mercado financeiro elevando para 12,75% a taxa básica de juros ao final de 2011. A expectativa é de aumentos de 0,25 ponto porcentual, cada, nas duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Já a inflação está cada vez mais perto de alcançar a banda superior da meta, com a previsão, agora, em 6,31% no fim deste ano. Além disso, o Banco Central anunciou, na noite da última sexta-feira, medida para tentar conter o processo de valorização contínua do real ante o dólar, reduzindo o limite para que os bancos mantenham posição vendida em câmbio.

Nesse emaranhado de notícias, restam poucas dúvidas de que o Ibovespa deve perder de fato o patamar dos 61 mil pontos nesta sessão. A torcida fica para a defesa dos 60,5 mil pontos, fundo que, se rompido, pode intensificar a trajetória descendente do índice à vista, com queda livre até a marca ao redor dos 57,6 mil pontos.

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