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Bovespa cai ao nível dos 54 mil pontos após Datafolha

O levantamento mostrou liderança da candidata à reeleição

Bovespa: por volta das 10h20, o Ibovespa tombava 5,40%, aos 54.124 pontos (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 11h38.

São Paulo - A Bovespa queimou mais de 2 mil pontos apenas na largada do pregão desta segunda-feira, 29, culminando em perdas superiores a 5,0%, já na casa dos 54 mil pontos. O movimento visto logo na abertura dos negócios é sintonizado com a queda livre prenunciada pelo Ibovespa Futuro, que recua mais de 5% desde a abertura.

O tombo do mercado acionário doméstico é conduzido pelas ações do chamado "kit eleição", com Petrobras desabando quase 10%, e ocorre em reação à pesquisa Datafolha divulgada na noite de última sexta-feira, 26. O levantamento mostrou liderança da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), tanto no primeiro quanto no segundo turno, nesta reta final do pleito.

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O sinal negativo vindo das bolsas internacionais contribui para o movimento, mas o noticiário político concentra as atenções dos mercados locais, o que fortalece o dólar ante o real e impulsiona as taxas de juros futuros.

Por volta das 10h20, o Ibovespa tombava 5,40%, aos 54.124 pontos, na pontuação mínima do dia. O índice à vista é negociado em baixa desde a abertura do pregão, sendo que na pontuação máxima segurou-se na estabilidade.

Neste horário, apenas duas ações figuravam entre os destaques de alta. Na outra ponta, por sua vez, as perdas eram lideradas por Petrobras, com -9,89% nas ON e -9,74% nas PNA. As perdas eram seguidas de perto por Banco do Brasil ON, com -8,82%.

A Bolsa e essas ações brasileiras reagem aos números do Datafolha, que mostrou ampliação da vantagem de Dilma sobre a principal adversária, Marina Silva (PSB), com 40% contra 27%. No cenário de segundo turno, a presidente assumiu a dianteira frente a ex-senadora, ficando com 47% contra 43%.

O resultado desata o empate técnico apontado no levantamento anterior e apaga a vantagem que a ex-senadora abriu sobre a petista no mês passado, quando chegou a 10 pontos porcentuais.

É válido lembrar que a Bolsa brasileira tem certa "gordura para queimar" nesta reta final de mês, com ganhos acumulados de mais de 11% no ano. Além disso, até a última sexta-feira, o Ibovespa registrava alta de 7,61% apenas neste terceiro trimestre, o que indicava a melhor performance para um período de três meses em 2014.

Os números do Datafolha também impactam os negócios com dólar e juros futuros. No exterior, a moeda norte-americana ganha terreno ante as principais moedas rivais, como euro e iene, mas também mostra fôlego de alta em relação às moedas de países emergentes e correlacionadas às commodities. Esse movimento do dólar também influencia no comportamento das taxas de juros futuros.

Os negócios com derivativos também digerem a manhã carregada em termos de eventos e indicadores econômicos, com destaque para o retorno do IGP-M ao terreno inflacionário em setembro e também para os relatórios Focus e Trimestral de Inflação do Banco Central.

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