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Bovespa abre perto da estabilidade em meio à cautela

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia perto da estabilidade, em meio à cautela de investidores com as dívidas dos países periféricos da Europa, especialmente a Grécia. Nesta manhã, porém, diminuiu o nervosismo que abatia os mercados ontem, quando a prisão do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 10h35.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia perto da estabilidade, em meio à cautela de investidores com as dívidas dos países periféricos da Europa, especialmente a Grécia. Nesta manhã, porém, diminuiu o nervosismo que abatia os mercados ontem, quando a prisão do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, acusado de estupro, abalou os negócios. O clima ainda é de cuidado no Ocidente, após o escândalo continuar repercutindo nos mercados asiáticos. Às 10h09 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,02%, aos 62.842 pontos.

Ontem, a aprovação do pacote de ajuda financeira de 78 bilhões de euros para Portugal pelos ministros de Finanças da União Europeia (UE) não conseguiu melhorar substancialmente o clima dos negócios, mas amenizou o sentimento de aversão ao risco. Agora, todas as atenções estão voltadas para a Grécia e cada vez mais as autoridades admitem que será preciso mudar o perfil da dívida grega, embora evitem pronunciar a palavra "reestruturação". Por isso, os investidores vão ficar em estado de alerta com as discussões que prosseguem hoje em Bruxelas, onde estão reunidos os ministros de Finanças.

Nos Estados Unidos, as construções de residências novas caíram inesperadamente em abril, em uma indicação de que o problemático setor imobiliário segue prejudicando a recuperação econômica. As construções de novas residências e apartamentos despencaram 10,6% em abril em relação a março, para a média anual sazonalmente ajustada de 523 mil, de acordo com dados divulgados mais cedo pelo Departamento do Comércio do país.

Já as permissões para novas construções nos EUA, indicador de atividade futura, cedeu 4% em abril em relação a março, para a média anual de 551 mil. Os números são inferiores as previsões dos economistas, que esperavam elevação de 2,7% nas novas construções em abril, para a média anual de 565 mil, e queda de 2,6% nas permissões para a média anual de 576 mil.

Ainda hoje nos EUA, às 18 horas, o secretário do Tesouro, Tim Geithner, faz palestra sobre as condições da economia e os desafios diante da política fiscal durante evento do Harvard Club de Nova York.

No Brasil, o principal indicador macroeconômico se refere ao quadro do emprego formal em abril, cujo resultado será anunciado pelo ministro Carlos Lupi. Ele já antecipou, na semana passada, que o dado seria "muito bom" e "muito próximo a recorde".

Em seguida, o foco dos investidores da Bovespa estará voltado para a teleconferência da Petrobras sobre os resultados do primeiro trimestre, com o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa. O lucro da empresa foi recorde, de R$ 10,985 bilhões, mas os analistas não foram pródigos nas comemorações, mesmo com número acima das expectativas. Os comentários são de que o lucro foi baseado sobretudo em ganhos cambiais e poderia ter sido maior se a companhia tivesse emparelhado os preços do diesel e da gasolina aos praticados lá fora.

As ações da Embraer, por sua vez, podem reagir à notícia de que a companhia internacionalizou sua produção, sua cúpula e se transformou na terceira maior empresa de jatos executivos do mundo em apenas cinco anos.

Dois balanços que devem merecer atenção também são os da CCR, divulgado ontem à noite, e o da Cemig, hoje cedo. O lucro líquido da CCR foi de R$ 175,2 milhões no primeiro trimestre de 2011, queda de 1,1% sobre o resultado do mesmo intervalo do ano anterior, de R$ 177,2 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ficou em R$ 662,0 milhões, crescimento de 24,8% ante os R$ 530,5 milhões anotados no primeiro trimestre de 2010. A margem Ebitda manteve-se estável em 63,4% (dados no padrão internacional de contabilidade IFRS).

Já o lucro líquido da Cemig amargou queda de 21,2% ante primeiro trimestre de 2010, fechando o primeiro trimestre de 2011 em R$ 143,598 milhões. A receita de vendas de bens e serviços foi de R$ 1,725 bilhão, alta de 4,8%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (Lajida) apresentou uma redução de 13,47% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 387,952 milhões. A empresa atribuiu o resultado principalmente ao aumento de 11,60% nos custos e despesas operacionais, excluídos os efeitos da despesa com amortização, em comparação ao aumento de 4,78% na receita. Com isso, a margem do Lajida passou de 27,22% no primeiro trimestre de 2010 para 22,48% nos primeiros três meses deste ano.

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São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia perto da estabilidade, em meio à cautela de investidores com as dívidas dos países periféricos da Europa, especialmente a Grécia. Nesta manhã, porém, diminuiu o nervosismo que abatia os mercados ontem, quando a prisão do diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, acusado de estupro, abalou os negócios. O clima ainda é de cuidado no Ocidente, após o escândalo continuar repercutindo nos mercados asiáticos. Às 10h09 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,02%, aos 62.842 pontos.

Ontem, a aprovação do pacote de ajuda financeira de 78 bilhões de euros para Portugal pelos ministros de Finanças da União Europeia (UE) não conseguiu melhorar substancialmente o clima dos negócios, mas amenizou o sentimento de aversão ao risco. Agora, todas as atenções estão voltadas para a Grécia e cada vez mais as autoridades admitem que será preciso mudar o perfil da dívida grega, embora evitem pronunciar a palavra "reestruturação". Por isso, os investidores vão ficar em estado de alerta com as discussões que prosseguem hoje em Bruxelas, onde estão reunidos os ministros de Finanças.

Nos Estados Unidos, as construções de residências novas caíram inesperadamente em abril, em uma indicação de que o problemático setor imobiliário segue prejudicando a recuperação econômica. As construções de novas residências e apartamentos despencaram 10,6% em abril em relação a março, para a média anual sazonalmente ajustada de 523 mil, de acordo com dados divulgados mais cedo pelo Departamento do Comércio do país.

Já as permissões para novas construções nos EUA, indicador de atividade futura, cedeu 4% em abril em relação a março, para a média anual de 551 mil. Os números são inferiores as previsões dos economistas, que esperavam elevação de 2,7% nas novas construções em abril, para a média anual de 565 mil, e queda de 2,6% nas permissões para a média anual de 576 mil.

Ainda hoje nos EUA, às 18 horas, o secretário do Tesouro, Tim Geithner, faz palestra sobre as condições da economia e os desafios diante da política fiscal durante evento do Harvard Club de Nova York.

No Brasil, o principal indicador macroeconômico se refere ao quadro do emprego formal em abril, cujo resultado será anunciado pelo ministro Carlos Lupi. Ele já antecipou, na semana passada, que o dado seria "muito bom" e "muito próximo a recorde".

Em seguida, o foco dos investidores da Bovespa estará voltado para a teleconferência da Petrobras sobre os resultados do primeiro trimestre, com o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa. O lucro da empresa foi recorde, de R$ 10,985 bilhões, mas os analistas não foram pródigos nas comemorações, mesmo com número acima das expectativas. Os comentários são de que o lucro foi baseado sobretudo em ganhos cambiais e poderia ter sido maior se a companhia tivesse emparelhado os preços do diesel e da gasolina aos praticados lá fora.

As ações da Embraer, por sua vez, podem reagir à notícia de que a companhia internacionalizou sua produção, sua cúpula e se transformou na terceira maior empresa de jatos executivos do mundo em apenas cinco anos.

Dois balanços que devem merecer atenção também são os da CCR, divulgado ontem à noite, e o da Cemig, hoje cedo. O lucro líquido da CCR foi de R$ 175,2 milhões no primeiro trimestre de 2011, queda de 1,1% sobre o resultado do mesmo intervalo do ano anterior, de R$ 177,2 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) ficou em R$ 662,0 milhões, crescimento de 24,8% ante os R$ 530,5 milhões anotados no primeiro trimestre de 2010. A margem Ebitda manteve-se estável em 63,4% (dados no padrão internacional de contabilidade IFRS).

Já o lucro líquido da Cemig amargou queda de 21,2% ante primeiro trimestre de 2010, fechando o primeiro trimestre de 2011 em R$ 143,598 milhões. A receita de vendas de bens e serviços foi de R$ 1,725 bilhão, alta de 4,8%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (Lajida) apresentou uma redução de 13,47% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 387,952 milhões. A empresa atribuiu o resultado principalmente ao aumento de 11,60% nos custos e despesas operacionais, excluídos os efeitos da despesa com amortização, em comparação ao aumento de 4,78% na receita. Com isso, a margem do Lajida passou de 27,22% no primeiro trimestre de 2010 para 22,48% nos primeiros três meses deste ano.

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