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Bovespa abre em baixa pressionada por EUA e Grécia

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, após mais um rebaixamento da classificação de risco da dívida soberana da Grécia. Além disso, a tensão crescente sobre o teto do endividamento dos Estados Unidos emite sinais negativos para as bolsas internacionais. Esses fatores devem provocar a interrupção de uma […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2011 às 10h33.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, após mais um rebaixamento da classificação de risco da dívida soberana da Grécia. Além disso, a tensão crescente sobre o teto do endividamento dos Estados Unidos emite sinais negativos para as bolsas internacionais. Esses fatores devem provocar a interrupção de uma sequência de quatro altas consecutivas da Bolsa por aqui. Às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,68%, aos 59.860 pontos.

A apenas oito dias do prazo final para o Congresso elevar o teto da dívida pública dos EUA, as diferenças entre democratas e republicanos se alargaram durante as negociações do fim de semana. O dia de hoje começa com uma manutenção do impasse, a despeito da proximidade do prazo final, no início de agosto. Em Nova York, os índices futuros sinalizam uma abertura no vermelho, ao passo que o yield (taxa de retorno aos investidores) dos treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) avança (preços caem). Também em reflexo ao temor de um eventual calote da dívida norte-americana, a busca por proteção entre os investidores sustenta patamares recordes do ouro.

Do outro lado do Atlântico, a situação também parece ainda longe de estar controlada. A agência de classificação de risco Moody's cortou a nota de crédito da Grécia em três níveis, de uma só vez, aprofundando a classificação do país dentro do território junk. A agência avalia que os credores privados sofrerão perdas substanciais com o novo pacote financeiro desenhado pela União Europeia e atribuiu aos bônus gregos uma perspectiva "em desenvolvimento", devido à incerteza sobre o exato valor de mercado dos títulos que os credores receberão na troca da dívida.

Segundo analistas gráficos, os recuos nos mercados internacionais pode dificultar o caminho do Ibovespa rumo à forte resistência em 60.850 pontos e prejudicar a oscilação do Ibovespa na faixa dos 60 mil pontos, cessando a recuperação de curtíssimo prazo iniciada na semana passada. "Abaixo deste nível, o mercado deverá encontrar espaço para queda com suportes em 59.500 e 59 mil pontos", comenta a equipe da Itaú Corretora, em relatório.

Outro fator prejudicial é a rodada de elevação das estimativas para inflação e juros. Segundo a Pesquisa Focus, do Banco Central, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 subiu de 5,20% para 5,28%, ao passo que a previsão para o indicador neste ano tenha ficado estável em 6,31%. Já para a Selic (taxa básica de juros), o mercado subiu de 12,63% para 12,75% a estimativa para o juro básico ao final do ano que vem. Para este ano, a previsão para a Selic ficou estável em 12,75%, o que sinaliza a perspectiva de um ajuste adicional de 0,25 ponto porcentual na taxa até o fim de 2011, dos atuais 12,50%.

No Brasil, a temporada doméstica de balanços do segundo trimestre ganha força nesta semana e divide as atenções com o plano de negócios da Petrobras, divulgado na última sexta-feira. O conselho de administração da estatal petrolífera aprovou o valor de US$ 224,7 bilhões em investimentos para o período de 2011-2015. Do total de aportes previstos, 57% serão destinados a área de exploração e produção, 31% para a área de abastecimento e refino, 6% para gás e energia, 1% para a área corporativa, 2% para petroquímica, 1% para distribuição e 2% para biocombustíveis.

Na safra de balanços, destaque para os resultados financeiros dos bancos Bradesco e Santander, na quarta-feira, e das gigantes Embraer e Vale, na quinta-feira. Hoje, M. Dias Branco e Pão de Açúcar apresentam seus números trimestrais, e amanhã, será a vez da Cielo.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa, após mais um rebaixamento da classificação de risco da dívida soberana da Grécia. Além disso, a tensão crescente sobre o teto do endividamento dos Estados Unidos emite sinais negativos para as bolsas internacionais. Esses fatores devem provocar a interrupção de uma sequência de quatro altas consecutivas da Bolsa por aqui. Às 10h10, o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,68%, aos 59.860 pontos.

A apenas oito dias do prazo final para o Congresso elevar o teto da dívida pública dos EUA, as diferenças entre democratas e republicanos se alargaram durante as negociações do fim de semana. O dia de hoje começa com uma manutenção do impasse, a despeito da proximidade do prazo final, no início de agosto. Em Nova York, os índices futuros sinalizam uma abertura no vermelho, ao passo que o yield (taxa de retorno aos investidores) dos treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) avança (preços caem). Também em reflexo ao temor de um eventual calote da dívida norte-americana, a busca por proteção entre os investidores sustenta patamares recordes do ouro.

Do outro lado do Atlântico, a situação também parece ainda longe de estar controlada. A agência de classificação de risco Moody's cortou a nota de crédito da Grécia em três níveis, de uma só vez, aprofundando a classificação do país dentro do território junk. A agência avalia que os credores privados sofrerão perdas substanciais com o novo pacote financeiro desenhado pela União Europeia e atribuiu aos bônus gregos uma perspectiva "em desenvolvimento", devido à incerteza sobre o exato valor de mercado dos títulos que os credores receberão na troca da dívida.

Segundo analistas gráficos, os recuos nos mercados internacionais pode dificultar o caminho do Ibovespa rumo à forte resistência em 60.850 pontos e prejudicar a oscilação do Ibovespa na faixa dos 60 mil pontos, cessando a recuperação de curtíssimo prazo iniciada na semana passada. "Abaixo deste nível, o mercado deverá encontrar espaço para queda com suportes em 59.500 e 59 mil pontos", comenta a equipe da Itaú Corretora, em relatório.

Outro fator prejudicial é a rodada de elevação das estimativas para inflação e juros. Segundo a Pesquisa Focus, do Banco Central, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012 subiu de 5,20% para 5,28%, ao passo que a previsão para o indicador neste ano tenha ficado estável em 6,31%. Já para a Selic (taxa básica de juros), o mercado subiu de 12,63% para 12,75% a estimativa para o juro básico ao final do ano que vem. Para este ano, a previsão para a Selic ficou estável em 12,75%, o que sinaliza a perspectiva de um ajuste adicional de 0,25 ponto porcentual na taxa até o fim de 2011, dos atuais 12,50%.

No Brasil, a temporada doméstica de balanços do segundo trimestre ganha força nesta semana e divide as atenções com o plano de negócios da Petrobras, divulgado na última sexta-feira. O conselho de administração da estatal petrolífera aprovou o valor de US$ 224,7 bilhões em investimentos para o período de 2011-2015. Do total de aportes previstos, 57% serão destinados a área de exploração e produção, 31% para a área de abastecimento e refino, 6% para gás e energia, 1% para a área corporativa, 2% para petroquímica, 1% para distribuição e 2% para biocombustíveis.

Na safra de balanços, destaque para os resultados financeiros dos bancos Bradesco e Santander, na quarta-feira, e das gigantes Embraer e Vale, na quinta-feira. Hoje, M. Dias Branco e Pão de Açúcar apresentam seus números trimestrais, e amanhã, será a vez da Cielo.

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