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Bovespa abre em baixa pressionada por China e IPCA

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, pressionada pela alta de juros na China e pelo resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro. Segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação pelo IPCA foi […]

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 10h07.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em baixa, pressionada pela alta de juros na China e pelo resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro. Segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação pelo IPCA foi de 0,83% em janeiro, o que indica uma aceleração ante a taxa de 0,63% de dezembro. Estes dois fatores colocam em risco o patamar de 65 mil pontos da Bolsa. A queda dos preços da commodities (matérias-primas) no mercado internacional deve pressionar as ações de primeira linha. Às 110h05 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) caía 0,28%, para 65.178 pontos.

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Analistas reforçam que já não é de hoje que o cenário doméstico prevalece ante a esfera internacional nos negócios locais, com um descolamento da correlação da Bolsa brasileira em relação à performance dos mercados em Nova York. "A questão interna pesa mais e desenha um panorama negativo, que se sobrepõe ao cenário externo", comenta o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante. Ele lembra que a valorização das matérias-primas provocou inflação nos países emergentes e, juntamente com o ritmo forte de crescimento econômico, trouxe a necessidade de um aperto na taxa básica de juros.

Do outro lado do mundo, a China endossou essa vertente e informou que vai elevar as taxas de juros de referência para depósito e empréstimos em 0,25 ponto porcentual, com efeito a partir de amanhã, quando os mercados voltam a funcionar, após o Ano Novo Lunar. Em comunicado, o Banco do Povo da China (PBOC, o banco central) afirmou que vai elevar a taxa de empréstimo de um ano em yuan de 5,81% para 6,06% e a taxa de depósito de um ano em yuan de 2,75% para 3,00%.

No Brasil, o Banco Central (BC) está "de mãos atadas". "Há um clima de desconfiança e insegurança entre os investidores quanto a uma mudança nas regras do jogo (na renda variável)", diz Amarante. Para ele, apenas quando o governo brasileiro mostrar que a autoridade monetária não está sozinha é que a Bolsa poderá respirar. Em relatório, o gerente de análise da UM Investimentos, Eduardo Oliveira, destaca a relevância do anúncio de cortes no Orçamento, previsto para até o fim desta semana. Depois disso, o mercado poderá projetar melhor o tamanho do aperto monetário no País.

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