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Bovespa abre em alta puxada por dados da China

Por Olívia Bulla São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o primeiro dia de dezembro em alta, deixando de lado os maus resultados de novembro. Os investidores celebram hoje os dados robustos de atividade na China e na Europa, que garantem um tom positivo para os mercados ao redor do […]

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 10h08.

Por Olívia Bulla

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o primeiro dia de dezembro em alta, deixando de lado os maus resultados de novembro. Os investidores celebram hoje os dados robustos de atividade na China e na Europa, que garantem um tom positivo para os mercados ao redor do mundo. Mas a agenda econômica dos Estados Unidos atrai a atenção, com os investidores à espera dos números sobre o mercado de trabalho no setor privado norte-americano. Às 11h04 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,15%, para 68.484 pontos.

"Os mercados exibem hoje uma recuperação após o tombo de novembro", afirma o analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, em referência, por exemplo, à queda de 4,2% acumulada pela Bolsa no mês passado, o que deixou o Ibovespa nos mesmos níveis de setembro. Segundo análise da consultoria Economatica, o principal índice à vista do mercado acionário brasileiro é o único a apresentar rentabilidade negativa em 2010, de -1,30%, em levantamento que considera dez mercados da América Latina e os EUA.

Porém, Galdi salienta que os mesmos fatores que deprimiram os negócios em novembro persistem. "E os mercados mostram uma bipolaridade intensa", completa. Analistas apontam como uma contradição a reação dos mercados a novos números robustos de atividade na China. Para eles, a expansão do setor industrial chinês pelo 21º mês seguido em novembro, com crescimento acima do projetado, deveria reforçar as apostas de um aumento iminente no juro básico do país, ao mesmo tempo que acentua a pressão sobre os preços. "Apesar do temor de inflação, o país cresce, o que é bom para o resto do mundo", avalia Galdi. A manutenção do ritmo chinês de expansão revigora as perspectivas quanto ao crescimento econômico global.

Somado a isso, o avanço do setor manufatureiro da zona do euro - que reúne os 16 países que utilizam o euro como moeda - para o maior nível em quatro meses contribui para o sentimento favorável às compras, ainda que a abertura dos dados mostre que a expansão segue concentrada na Alemanha e na França. Como resultado, as principais bolsas asiáticas fecharam em alta e os mercados europeus avançavam mais de 1% nesta manhã.

Nos EUA, a agenda econômica requer cautela. O destaque vai para a pesquisa ADP/MA, que sai às 11h15 (horário de Brasília), com dados sobre o número de contratações e demissões no setor privado norte-americano em novembro. A previsão é de criação de 70 mil postos de trabalho nas empresas. Às 11h30, serão divulgados dados sobre o custo da mão de obra e produtividade no terceiro trimestre deste ano. Às 13 horas, o ISM anuncia o índice de atividade industrial no mês passado. No mesmo horário, serão divulgados os investimentos em construção em outubro.

A agenda norte-americana traz ainda, às 13h30, o relatório semanal sobre os estoques de petróleo bruto e derivados. Mais tarde, às 17 horas, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) divulga o Livro Bege, com informações e análises sobre a economia norte-americana.

Na manhã de hoje, a Bovespa divulgou a primeira prévia da carteira teórica do índice Bovespa (Ibovespa), que vigora de janeiro a abril de 2011. A novidade foi a inclusão das ações ON da Hypermarcas, com a manutenção dos demais papéis que compõem o principal índice da Bolsa.

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