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Bovespa abre em alta em busca de recuperação

São Paulo - Após o tombo de mais de 2% na semana passada, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve esboçar uma recuperação hoje, com os investidores em busca de oportunidades. Embora tenha se descolado do exterior nos últimos dias, em meio aos temores de medidas agressivas para conter o ingresso de capital […]

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 10h45.

São Paulo - Após o tombo de mais de 2% na semana passada, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) deve esboçar uma recuperação hoje, com os investidores em busca de oportunidades. Embora tenha se descolado do exterior nos últimos dias, em meio aos temores de medidas agressivas para conter o ingresso de capital estrangeiro diretamente no mercado acionário brasileiro, o sinal positivo exibido em outros países tende a aguçar o apetite por ativos de risco no Brasil. Às 11h04 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,62%, aos 65.671 pontos.

Especialistas afirmam que o ímpeto da Bolsa brasileira deve seguir reduzido no curto prazo, por causa das indefinições monetária e fiscal no Brasil. Ao mesmo tempo, a "sangria" também deve ser estancada. "A Bolsa voltou ao nível dos 65 mil pontos em uma velocidade muito rápida, mas agora novas quedas devem ser mais lentas", avalia o gestor de recursos da RTI, Fabio Anderaos. Na opinião de analistas gráficos, a Bolsa tem um piso e não deve cair para abaixo dos 64 mil pontos, mas também não tem forças para retomar a marca dos 70 mil pontos.

Anderaos acrescenta que a fuga em massa de recursos externos da Bolsa, a partir da segunda quinzena de janeiro, tem também causado um efeito psicológico naqueles que mantiveram suas posições em ações. "O governo não deve se manifestar, em breve, sobre mudanças tributárias e os investidores ficam com medo. Há uma espada sobre a cabeça do mercado", salienta, referindo-se aos constantes rumores de um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na renda variável e à adoção de novas medidas macropudenciais. "É preciso uma noção mais clara para aliviar os negócios locais."

Mesmo assim, ele salienta que os bons fundamentos da economia brasileira abrem espaço para uma recuperação momentânea. "Mas chama a atenção que quando (a Bolsa) cai é com volume e, quando sobe, não é com tanto dinheiro e, mesmo assim, para voltar a cair dali a dois, três dias", finaliza.

Na percepção de analistas, os estrangeiros estão vendendo papéis para fazer caixa e participar das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) deste início de ano. O destaque fica para o IPO da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) - maior operação em andamento no mercado brasileiro, que pode movimentar até R$ 2,7 bilhões. O preço por ação deve ser definido hoje. A semana reserva ainda a definição do preço das ofertas da Direcional Engenharia e Magnesita.

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