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Bovespa abre em alta após BoJ e sob influência de NY

O Banco do Japão elevou o tamanho de seu programa de compra de ativos de 70 trilhões para 80 trilhões de ienes, afetando o mercado financeiro ao redor do globo

Uma mulher bebe café em frente à bolsa de valores BM&F&Bovespa em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 10h56.

São Paulo - A nova rodada de afrouxamento monetário veio nesta quarta-feira da Ásia. Preocupado em combater a deflação e em segurar a valorização do iene ante o dólar, o Banco do Japão (BoJ, o banco central japonês) elevou o tamanho de seu programa de compra de ativos de 70 trilhões para 80 trilhões de ienes (US$ 1,01 trilhão). A medida, que surge depois do programa de compra de bônus do Banco Central Europeu (BCE) e do QE3 americano, traz um viés levemente positivo para os índices futuros de ações em Nova York, o que se reflete no Brasil.

Às 10h11, o Ibovespa tinha alta de 0,67%, aos 62.218 pontos, em sintonia com os leves ganhos de Nova York, onde o S&P futuro subia 0,19% e o Nasdaq futuro avançava 0,21%. A Europa mantinha-se em leve alta. Londres sustentava alta de 0,15%, Paris subia 0,46% e Frankfurt tinha alta de 0,34%.

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"A tendência para a Bovespa hoje é de movimento lateral, assim como ontem", comentou um operador ouvido há pouco pela Agência Estado. "Nos últimos dias, é nítida a troca de mãos dos papéis. Os estrangeiros estão comprando, mas os investidores pessoas físicas estão vendendo."

Segundo ele, após as atuações do BCE e do Fed, os investidores voltaram a observar os dados da economia real e os desdobramentos da situação da Espanha, em meio à expectativa de que o país peça ajuda internacional para recuperar sua economia. Ainda sem novidades substanciais, o mercado de ações segue sem uma tendência clara. "A Bovespa vai mudando de patamar aos poucos, mas é difícil falar de uma tendência, de um direcional único para quebrar resistência", comentou o profissional.

Em relatório enviado a clientes nesta manhã, a equipe da Um Investimentos afirma que o Ibovespa, após o avanço mais recente, "segue sem forças para romper a região de resistência nos 62.000 pontos". "Voltando a avançar e rompendo esta região, tem próximo ponto nos 63.900 pontos." Do lado da baixa, a resistência está nos 59.500 pontos.

No exterior, enquanto o BoJ age para segurar o iene, a Espanha segue atraindo as atenções, em meio à expectativa de que o país peça ajuda para sair da crise. Nos Estados Unidos, dados divulgados há pouco mostraram que as construções de moradias iniciadas subiram 2,3% em agosto, ante previsão de alta de 2,5%, enquanto as permissões para novas obras recuaram 1,0% no mesmo mês, ante expectativa de queda de 1,4%.

No campo corporativo, os investidores observam o setor de petróleo. O governo informou na terça-feira (18) que fará o primeiro leilão do pré-sal em novembro de 2013 e nova licitação de áreas que não são do pré-sal em maio do ano que vem. O estrategista Pedro Galdi, da SLW, lembra que ontem, quando o leilão e a licitação foram anunciadas, a Bovespa ainda estava aberta, mas os papéis da Petrobras pouco reagiram. "A notícia é positiva, mas se tivesse impacto maior, ele já teria ocorrido ontem", comentou.

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