Exame Logo

Bolsas na China devem ficar fechadas até fevereiro em meio a surto

Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China ou das bolsas de Xangai ou Shenzhen não comentaram se os mercados serão reabertos na sexta-feira

Coronavírus: o número de mortes causadas pelo vírus aumentou para pelo menos 80 na China (Paul Yeung/Bloomberg)

Karla Mamona

Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 09h43.

Última atualização em 27 de janeiro de 2020 às 11h54.

(Bloomberg) -- Os gigantescos mercados financeiros da China podem permanecer fechados até pelo menos segunda-feira da semana que vem. Autoridades chinesas prorrogaram a pausa do Ano Novo Lunar em três dias enquanto tentam lidar com a crise docoronavírus.

Não houve comentário oficial da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China ou das bolsas de valores de Xangai ou Shenzhen sobre se os mercados serão reabertos nesta sexta-feira, conforme planejado originalmente.

Veja também

Em 2003, autoridades estenderam a suspensão das negociações por quatro sessões no feriado do Dia do Trabalho, em maio, durante o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês). Enquanto isso, autoridades de Xangai aconselharam empresas a não retomarem as atividades até pelo menos 9 de fevereiro.

A Bolsa de Valores da China, a segunda maior do mundo, teve negociações pela última vez em 23 de janeiro, quando o índice de referência de Xangai fechou em queda de 2,8%, a pior véspera do Ano Lunar em três décadas de história.

O número de mortes causadas pelo vírus aumentou para pelo menos 80 na China, e os casos confirmados somam 2.744. Autoridades disseram no domingo que a doença infecciosa não está sob controle devido às dificuldades de conter o surto, apesar das restrições de deslocamento em algumas cidades. No epicentro de Wuhan, 5 milhões de pessoas deixaram a cidade antes da medida que proibiu sair do município, disse o prefeito Zhou Xianwang no domingo, segundo o jornal South China Morning Post.

Os mercados financeiros de Hong Kong devem reabrir na quarta-feira. No sábado, a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, reforçou as medidas do governo contra o coronavírus e disse que o surto pode estender a recessão da cidade até 2020. Hong Kong tinha seis infecções confirmadas até domingo.

O vírus pode aumentar as tensões na cidade. No domingo, manifestantes incendiaram um conjunto habitacional desocupado no norte da cidade, depois que o governo disse que o local pode ser usado como instalação de quarentena. Médicos ameaçaram entrar em greve se a cidade não fechar a fronteira com a China para limitar a propagação da doença.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresChinaCoronavírusInvestidoresMercado financeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame