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Bolsas europeias fecham em alta

Por Álvaro Campos Londres - As principais bolsas europeias fecharam em forte alta. Os receios sobre a crise da dívida soberana da zona do euro diminuíram e os mercados também foram beneficiados pela afirmação do Birô Nacional de Pesquisa Econômica (NBER, na sigla em inglês) de que a recessão dos EUA, iniciada em dezembro de […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2010 às 11h31.

Por Álvaro Campos

Londres - As principais bolsas europeias fecharam em forte alta. Os receios sobre a crise da dívida soberana da zona do euro diminuíram e os mercados também foram beneficiados pela afirmação do Birô Nacional de Pesquisa Econômica (NBER, na sigla em inglês) de que a recessão dos EUA, iniciada em dezembro de 2007, terminou em junho de 2009. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 3,36 pontos (1,28%) e fechou em 266,22 pontos. A reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) amanhã deve ser um fator essencial para os mercados.

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Hoje, o ministro das Finanças da Irlanda, Brian Lenihan, descartou rumores de que o país esteja perto de solicitar ajuda internacional. Amanhã, o país enfrenta um importante teste com o leilão de bônus do governo. Segundo Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank, os receios do mercado estão centrados na Irlanda, e em menor extensão em Portugal. "Se a Irlanda ainda pode enfrentar dificuldades, após ter feito tudo o que podia, e antes de qualquer outro país, isso ressalta os potenciais problemas para outros emissores soberanos".

O índice ASE, da Bolsa de Atenas, se descolou da alta de outros mercados europeus, caindo 2,09%. O Banco da Grécia confirmou relatos anteriores de que vai adiar os testes de estresse dos bancos do país para o fim do ano. O planejado inicialmente é que os testes fossem realizados até novembro.

Para Bertie Thomson, administrador pan-europeu de investimentos em ações da Aberdeen Asset Management, existe uma recuperação em andamento em vários setores europeus, com destaque para o automotivo e o tecnológico. "Eu não consigo me lembrar a última vez que vi uma polarização tão grande no sentimento dos investidores. Existe uma verdadeira divergência entre a situação das empresas que estão no início do ciclo econômico e aquelas que ainda precisam de um pouco mais de tempo para chegar lá. As pessoas estão procurando por empresas que podem fazer mais e não vão depender de impulsos macroeconômicos, que não vão existir", comentou.

O índice FTSE-100, da Bolsa de Londres, fechou em alta de 94,09 pontos (1,71%), em 5.602,54 pontos. É a primeira vez desde maio que o índice fecha acima dos 5.600 pontos. O mercado reagiu à decisão da Moody's de manter o rating Aaa do Reino Unido e reiterar sua perspectiva estável. "Após meses de sessões agitadas, parece que os investidores acreditam que esse rali pode ser diferente, com os mercados se livrando de alguns dos receios que impediram ganhos maiores nos últimos meses", disse Yusuf Heusen, da IG Index.

Os papéis da operadora de cruzeiros Carnival ganharam 4,98%. No setor de mineração, a BHP Billiton subiu 2,06%, a Anglo American ganhou 1,23% e a Rio Tinto teve alta de 1,31%. Entre as empresas financeiras, a seguradora Aviva avançou 2,77%, o banco Barclays subiu 2,86% e HSBC registrou alta de 1,03%. A petroleira BP ganhou 2,06%, com a notícia de que a empresa selou oficialmente o poço de Macondo, no Golfo do México.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX fechou em alta de 84,82 pontos (1,37%), em 6.294,58 pontos. As ações da mineradora Kali & Salz Beteiligungs tiveram ganho de 4,68%, beneficiadas pela disputa entre a BHP e a Sinochem pela canadense Potash Corp. O Commerzbank subiu 1,50%, após ter sua recomendação elevada pelo UBS. O Deutsche Bank avançou 1,49%. A Infineon, do setor de tecnologia, teve valorização de 2,98%.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 65,99 pontos (1,77%), em 3.788,01 pontos. As ações da companhia aeroespacial e de defesa Safran subiram 5,21%, após a empresa anunciar que vai comprar a norte-americana L-1 Identity Solutions por US$ 1,09 bilhão. O setor de tecnologia também teve um bom desempenho (Alcatel-Lucent +5,43% e STMicroelectronics +3,20%). O banco Credit Agricole subiu 3,73%, após ter sua recomendação elevada por um analista. Já o Natixis perdeu 1,43%, por causa do rebaixamento da sua recomendação pelo Credit Suisse.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em alta de 154,50 pontos (1,46%), em 10.743,10 pontos. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, avançou 235,58 pontos (1,15%) e fechou em 20.753,54 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 caiu 17,24 pontos (0,23%) e fechou em 7.389,73 pontos. As informações são da Dow Jones.

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