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Bolsas de Nova York sobem, mas com cautela

A decisão da Moody's de colocar em revisão para possível rebaixamento os ratings de dezenas de bancos globais mantém um clima de cautela entre os investidores

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 12h03.

São Paulo - As bolsas de Nova York abriram sem direção definida hoje, mas iniciaram trajetória de alta após a divulgação de dados positivos sobre os pedidos semanais de auxílio-desemprego e também de construções de moradias. Mas a decisão da agência de classificação de risco Moody's de colocar em revisão para possível rebaixamento os ratings de dezenas de bancos globais mantém os investidores cautelosos. Às 12h46, o índice Dow Jones subia 0,27% e o Nasdaq, 0,11%.

O Departamento de Trabalho informou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 13 mil, para 348 mil, na semana encerrada em 11 de fevereiro. O resultado veio muito melhor do que a previsão dos economistas, que esperavam alta de 7 mil solicitações.

Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) avançou 0,1% em janeiro ante dezembro, de acordo com dados sazonalmente ajustados. A leitura ficou abaixo da previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam alta de 0,4%. Entretanto, o núcleo do PPI, que exclui os preços voláteis de energia e alimentos, subiu 0,4%, o maior ganho mensal desde julho do ano passado. A expectativa era de uma alta de 0,2%.

E as construções de imóveis residenciais aumentaram 1,5% em janeiro, na comparação com dezembro, para a taxa anual sazonalmente ajustada de 699 mil. Os cálculos de dezembro foram revisados para mostrar queda de 1,9% ante novembro, em vez do declínio de 4,1% estimado inicialmente. Com isso, o resultado de janeiro foi melhor do que as expectativas, já que os economistas ouvidos pela Dow Jones previam aumento de 3,0%, para o volume total de 677 mil.

Ontem a Moody's colocou os ratings de 114 instituições financeiras em 16 países europeus em revisão para possível rebaixamento, citando pressões resultantes de um ambiente operacional difícil, a deterioração da qualidade de crédito de emissores soberanos da região e dificuldades nos mercados de capital. Também foram colocados em revisão negativa os maiores bancos dos EUA, entre eles Bank of America, Citigroup, Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Morgan Stanley.

Outro fator que colabora com o clima de cautela nos mercados é a indefinição sobre a liberação do segundo pacote internacional de resgate para a Grécia. Ontem, o grupo de ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo) disse que tomará uma decisão sobre o assunto em uma reunião marcada para a próxima segunda-feira. Depois de uma teleconferência, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou que Atenas tomou as medidas necessárias para abrir o caminho que levará ao acordo, identificando inclusive os cortes de 325 milhões de euros a serem feitos no orçamento de 2012 e oferecendo garantias por escrito dos líderes dos dois principais partidos políticos. As informações são da Dow Jones.

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