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Bolsas de NY fecham em queda após ata do Fomc

O índice Dow Jones perdeu 46,92 pontos, fechando a 13.880,62 pontos

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

Dow Jones e outros índices na bolsa de Nova York, a NYSE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira, pressionadas por indicadores ruins sobre a economia dos EUA e ainda reagindo à ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve, divulgada na quarta-feira (20), que mostrou que as ações de estímulo do banco central podem terminar antes do previsto.

O índice Dow Jones perdeu 46,92 pontos (0,34%), fechando a 13.880,62 pontos. O Nasdaq recuou 32,92 pontos (1,04%) e fechou a 3.131,49 pontos. E o S&P 500 teve queda de 9,53 pontos (0,63%), encerrando a sessão a 1.502,42 pontos.

Os EUA tiveram uma série de indicadores negativos nesta quinta-feira. O número de trabalhadores do país que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 20 mil na semana até 16 de fevereiro.

Analistas consultados pela Dow Jones esperavam uma alta significativamente menor, de 9 mil solicitações. Além disso, o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos EUA caiu para 55,2 em fevereiro, de uma leitura final de 55,8 em janeiro. Para completar, o índice de atividade industrial regional do Meio-Atlântico, medido pelo Fed da Filadélfia, caiu para -12,5 em fevereiro, contrariando a previsão de alta para 3,0.

Enquanto isso, a ata da reunião de janeiro do Fomc, divulgada na quarta, revelou que o banco central pode estar tendendo a reduzir seu programa de compras de bônus antes do que o esperado, já que "alguns participantes" discutiram a possibilidade de isso acontecer antes de uma melhora significativa no mercado de trabalho. Isso causou uma fuga dos ativos de risco e ondas de compras de "portos seguros".

Na Europa, dados divulgados nesta quinta mostraram que PMI teve desempenho pior que o esperado em fevereiro na Alemanha, na França e também na zona do euro. O PMI composto do bloco caiu para 47,3 pontos, abaixo da previsão, de 49,0 pontos.

"O relaxamento monetário tem sido uma fonte significativa de impulso para os mercados de ações. A queda nesta quinta foi uma realização de que haverá um fim para isso em algum ponto", comenta Natalie Trunow, diretora de investimento em ações da gestora Calvert Investments. "O fato de que nós estamos vendo evidências de uma contínua desaceleração no setor industrial dos EUA é preocupante", complementa Jim Baird, estrategista-chefe de investimento da Plante Moran Financial Advisors.

No noticiário corporativo, as ações do Walmart fecharam em alta de 1,52%, após a varejista divulgar nesta quinta-feira que seu lucro líquido no quarto trimestre do ano passado subiu 8,6%, para US$ 5,61 bilhões, superando as estimativas dos analistas. O Carlyle Group, que divulgou um balanço decepcionante, teve queda de 7,72%.

No setor de tecnologia, a Apple registrou retração de 0,62%, após o fundador do fundo Greenlight Capital, David Einhorn, detalhar um plano para que a empresa dê mais dinheiro para os acionistas. Já a Verifone Systems despencou 42,80%, depois de afirmar que o lucro e receita do seu primeiro trimestre fiscal devem ficar bem abaixo do esperado.

A Hewlett-Packard, que divulgou balanço após o fechamento, teve alta de 2,40% no pregão tradicional. A empresa reportou lucro líquido de US$ 1,23 bilhão no primeiro trimestre fiscal, com receita de US$ 28,36 bilhões. A seguradora AIG, que também liberou seus resultados depois do fim da sessão, perdeu 0,77%. A companhia teve prejuízo de US$ 3,96 bilhões no quarto trimestre do ano passado. As informações são da Dow Jones.

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