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Bolsas de Nova York abrem em alta com resultados corporativos

Nova York - As bolsas de Nova York abriram o dia em alta diante das boas notícias do setor corporativo, que tiveram mais influência sobre o mercado do que as incertezas relacionadas à Grécia e à economia dos Estados Unidos. As bolsas de Nova York têm sofrido neste mês e começam a apagar parte dos […]

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2011 às 11h07.

Nova York - As bolsas de Nova York abriram o dia em alta diante das boas notícias do setor corporativo, que tiveram mais influência sobre o mercado do que as incertezas relacionadas à Grécia e à economia dos Estados Unidos. As bolsas de Nova York têm sofrido neste mês e começam a apagar parte dos ganhos do ano. Às 10h44 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,46%, o Nasdaq avançava 0,52%, e o S&P 500 tinha alta de 0,47%.

O destaque positivo entre as empresas é atribuído à Timberland, após informação de que será comprada pela VF Corp. por US$ 43 por ação, um prêmio na comparação com o valor de US$ 29,99 das ações da empresa na sexta-feira. As ações do grupo Wendy's/Arby's também subiam no pré-mercado, após a empresa informar que pretende vender a cadeia de lanchonetes Arby's para o grupo Roark Capital, por cerca de US$ 430 milhões. A companhia disse, no entanto, que continuará com 18% de participação.

Na próxima semana, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decidirá sobre o futuro dos juros no país. Por enquanto, não há sinais de mudanças na política acomodatícia da entidade, mas há esperança de que venham mais sinais sobre a estratégia de saída dessa política. Há também expectativa dos investidores sobre como ficará a economia após o QE2, o programa de compra US$ 600 bilhões de títulos de longo prazo dos Estados Unidos, que termina este mês.

Nos Estados Unidos, a inflação está mostrando alguns dentes, por causa da alta dos preços da energia. Além disso, o país ainda tem taxa de desemprego alta, criação lenta de novas vagas de emprego, e dados de consumo tímidos. Isso sem contar o lado fiscal, que preocupa mais a cada dia, diante do risco de o país perder o seu rating (nota) AAA. Amanhã, o presidente do Fed, Ben Bernanke, discursará sobre sustentabilidade fiscal em Washington, às 15h30 (horário de Brasília).

Ainda nos EUA, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, fará discurso na quinta-feira, às 21h, em Nova York. As atenções estarão voltadas para o que ele puder falar para tranquilizar os ânimos sobre a situação da Grécia e de países periféricos da zona do euro.

A Grécia, cujos problemas estão cada vez maiores, parece estar sendo segurada com apenas uma mão pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional, com o risco de despencar para o default (falência) a qualquer momento caso esses dois salvadores não puxem logo o país para cima. Se a Grécia realmente não aguentar, pode acabar levando para o buraco outros países problemáticos da região.

Esta manhã, o custo para assegurar proteção contra a dívida da Grécia bateu novo recorde, com o contrato de swaps de default ao crédito (CDS, na sigla em inglês) da Grécia de cinco anos atingindo 1.600 pontos-base, 58 pontos-base acima do nível do fechamento de sexta-feira, segundo a Markit.

Também hoje, o líder da associação bancária da Alemanha BdB disse que aceitaria a participação dos bancos privados no reescalonamento da dívida grega, como foi proposto pelo ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble. Os bancos alemães detêm 18 bilhões de euros em dívida grega.

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