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Bolsas de Nova York abrem em alta

Por Luciana Xavier Nova York - A maré está mais calma nos mercados nesta quarta-feira, após a forte turbulência trazida pelo anúncio de aperto monetário da China ontem. Nos Estados Unidos, as atenções seguem na temporada de balanço e nos bons resultados da Boeing e Delta Airlines e também no Livro Bege do Federal Reserve […]

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2010 às 10h36.

Por Luciana Xavier

Nova York - A maré está mais calma nos mercados nesta quarta-feira, após a forte turbulência trazida pelo anúncio de aperto monetário da China ontem. Nos Estados Unidos, as atenções seguem na temporada de balanço e nos bons resultados da Boeing e Delta Airlines e também no Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que sai às 16h (de Brasília).

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Às 11h31 (de Brasília), o Dow Jones registrava alta de 0,21% aos 11.002,07 pontos; o Nasdaq subia 0,27% para 2.443,60 e o S&P 500 tinha ganho de 0,25% para 1.168,81 pontos.

As preocupações com a China ajudaram a derrubar as bolsas ontem e o Dow Jones fechou em queda de 1,48%, para 10.978,62 pontos, o Nasdaq caiu 1,76%, para 2.436,95 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 1,59%, para 1.165,90 pontos.

Os mercados ficaram preocupados com a decisão do governo chinês de subir os juros em 0,25 ponto porcentual pela primeira vez em três anos, elevando tanto a expectativa de uma inflação mais alta no país como os temores de que a segunda maior economia do mundo, depois dos EUA, possa desacelerar e atrapalhar a recuperação mundial. Os dados sobre o crescimento do PIB e inflação na China serão divulgados amanhã.

A melhora do humor dos mercados hoje pode ser pela percepção de que o que a China está fazendo agora é apenas colocar a casa em ordem. "A China foi muito bem sucedida no programa de estímulo no ano passado, tanto que nem precisaram se endividar para financiar essa ajuda. Funcionou bem e esse pequeno aumento de juro é como dizer: missão cumprida", afirmou o economista Don Luskin, da Trend Macrolytics, em entrevista à CNBC.

Como tem repetido o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a menos que se chegue a um acordo para se resolver o conflito cambial, continuará valendo a lei do "cada um por si". Mantega espera algum consenso na reunião da cúpula do G-20, em Seul, em novembro, mas há muito ceticismo ainda em torno de um acordo.

O Brasil tem se mostrado ativo no campo de batalha desta guerra cambial, tendo aumentado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para capital estrangeiro duas vezes em cerca de 15 dias. Isso deve tirar um pouco o peso das costas do Banco Central e a aposta é de que a Selic seja mantida em 10,75% na reunião de hoje.

Além da China e Brasil, o Japão limou seus juros para zero recentemente, enquanto os BCs da Austrália, zona do euro e Inglaterra resolveram não mexer nos juros. Já os Estados Unidos devem continuar injetando dólares na economia com mais afrouxamento quantitativo, por meio de compras de títulos da dívida de longo prazo, no encontro do comitê de política monetária no dia 3 de novembro.

Assim como nos EUA, dentro do BC inglês também não há unanimidade sobre a manutenção da política de desaperto monetário. De acordo com a minuta da última reunião do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), um dos membros queria expansão da política de afrouxamento quantitativo, outro defendeu aumento do juro, enquanto os sete membros restantes votaram por não mudar o programa de compras de ativos e manter o juro em 0,5%.

Entre os destaques hoje estão as ações da Delta Airlines, que anunciou que reverteu o prejuízo de US$ 0,19 por ação no terceiro trimestre do ano passado para lucro de US$ 0,43 por ação no mesmo trimestre deste ano e dizer que vê "força" no quarto trimestre.

A Boeing, por sua vez, registrou lucro de US$ 1,12 por ação no terceiro trimestre, de prejuízo de US$ 2,23 por ação no mesmo período do ano passado.

O Morgan Stanley informou aos acionistas que o banco obteve prejuízo de US$ 0,07 por ação no terceiro trimestre.

A Hertz informou que dobrou sua estimativa de ganhos no terceiro trimestre e fez previsões otimistas para o quarto trimestre.

A gigante farmacêutica Pfizer anunciou hoje que irá comprar 40% do Laboratório Teuto Brasileiro, que fabrica genéricos, por US$ 240 bilhões, e o acordo deixa a porta aberta para que a Pfizer possa comprar os 60% restantes a partir de 2014.

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