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Bolsas da Europa caem com dados sobre inflação na região

Agência de estatísticas da União Europeia divulgou que índice de preços ao consumidor da zona do euro caiu 0,6% em janeiro ante igual mês de 2013

Bolsa de Londres: destaque negativo ficou para as ações da International Consolidated Airlines (Jason Alden/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 15h43.

Londres - As bolsas europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira, 30, repercutindo dados ruins sobre a inflação na região e o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que veio menor do que o esperado. No final da seção, o índice Stoxx 600 recuou de 0,46%.

A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, divulgou hoje que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 0,6% em janeiro ante igual mês do ano passado, o maior recuo desde julho de 2009.

O indicador veio abaixo das estimativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam recuo de 0,5%. Segundo a Eurostat, o núcleo do CPI do bloco teve alta anual de 0,6% em janeiro.

"Mesmo que a inflação cheia não caia mais, (...) existe agora um risco importante de que as expectativas de inflação fiquem bastante abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), e que isso torne cada vez mais difícil levá-las acima novamente", afirmou em nota o analista James Ashley, da RBC Capital Markets.

Há também um perigo de que a queda dos preços do petróleo gerem efeitos secundários, como empresas de outros setores usarem os custos menores para cortar seus preços e tentar ganhar mercado, ou de que as famílias deixem de gastar esse dinheiro extra porque esperam que os preços caiam ainda mais, disse o economista da Hargreaves Lansdown, Ben Brettell, em uma nota.

Tais decisões "podem levar a uma espiral deflacionário tal qual vimos no Japão."

Os mercados também ecoaram a divulgação de dados da economia norte-americana, cujo PIB cresceu a uma taxa anualizada de 2,6% no quatro trimestre.

Analistas esperavam uma alta consideravelmente maior, de 3,2%.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou o dia na mínima, com baixa de 0,90%, aos 6.749,40 pontos.

O destaque negativo ficou para as ações da International Consolidated Airlines, que caiu 3,46%.

Já em Frankfurt, o índice DAX fechou em baixa de 0,41%, aos 10.694,32 pontos, influenciada também por temores sobre a situação da Grécia.

As ações da Volkswagen caíram 2,52% após a empresa divulgar que a contração econômica da Rússia afetou seus rendimentos.

Em Paris, o índice CAC-40 terminou em baixa de 0,56%, aos 4.604,25 pontos, e em Milão, o índice FTSE MIB recuou 0,44%, aos 20.503,38 pontos.

O índice IBEX-35 da bolsa de Madri terminou o dia com baixa de 0,99%, aos 10.403,30 pontos, e o PSI-20, da bolsa de Lisboa, recuou 1,55%, aos 2.274,01 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Londres - As bolsas europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira, 30, repercutindo dados ruins sobre a inflação na região e o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que veio menor do que o esperado. No final da seção, o índice Stoxx 600 recuou de 0,46%.

A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, divulgou hoje que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 0,6% em janeiro ante igual mês do ano passado, o maior recuo desde julho de 2009.

O indicador veio abaixo das estimativas de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam recuo de 0,5%. Segundo a Eurostat, o núcleo do CPI do bloco teve alta anual de 0,6% em janeiro.

"Mesmo que a inflação cheia não caia mais, (...) existe agora um risco importante de que as expectativas de inflação fiquem bastante abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), e que isso torne cada vez mais difícil levá-las acima novamente", afirmou em nota o analista James Ashley, da RBC Capital Markets.

Há também um perigo de que a queda dos preços do petróleo gerem efeitos secundários, como empresas de outros setores usarem os custos menores para cortar seus preços e tentar ganhar mercado, ou de que as famílias deixem de gastar esse dinheiro extra porque esperam que os preços caiam ainda mais, disse o economista da Hargreaves Lansdown, Ben Brettell, em uma nota.

Tais decisões "podem levar a uma espiral deflacionário tal qual vimos no Japão."

Os mercados também ecoaram a divulgação de dados da economia norte-americana, cujo PIB cresceu a uma taxa anualizada de 2,6% no quatro trimestre.

Analistas esperavam uma alta consideravelmente maior, de 3,2%.

Em Londres, o índice FTSE 100 fechou o dia na mínima, com baixa de 0,90%, aos 6.749,40 pontos.

O destaque negativo ficou para as ações da International Consolidated Airlines, que caiu 3,46%.

Já em Frankfurt, o índice DAX fechou em baixa de 0,41%, aos 10.694,32 pontos, influenciada também por temores sobre a situação da Grécia.

As ações da Volkswagen caíram 2,52% após a empresa divulgar que a contração econômica da Rússia afetou seus rendimentos.

Em Paris, o índice CAC-40 terminou em baixa de 0,56%, aos 4.604,25 pontos, e em Milão, o índice FTSE MIB recuou 0,44%, aos 20.503,38 pontos.

O índice IBEX-35 da bolsa de Madri terminou o dia com baixa de 0,99%, aos 10.403,30 pontos, e o PSI-20, da bolsa de Lisboa, recuou 1,55%, aos 2.274,01 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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