Economia

Bolsa será alavanca da economia, diz Edemir Pinto

Para o presidente da BM&FBovespa, o mercado de capitais e ações será a "grande alavanca" da economia para os próximos três a cinco anos

Edemir Pinto: "pela primeira vez depois de 13 anos, a equipe econômica é um time" (Germano Luders/Exame)

Edemir Pinto: "pela primeira vez depois de 13 anos, a equipe econômica é um time" (Germano Luders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de outubro de 2016 às 16h01.

São Paulo - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou que o mercado de capitais e ações será a "grande alavanca" da economia para os próximos três, quatro, cinco anos.

De acordo com ele, em decorrência de o País não ter poupança interna, ou as empresas recorrem à dívida privada própria, emitindo papéis, ou ao mercado de capitais e ações para se financiarem. A segunda opção, de acordo com o executivo, deverá ser a mais frequente nos próximos anos.

Para Edemir, não terá outro jeito porque o governo está com uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição 241) que limita gastos.

"O Tesouro e o BNDES já não têm mais dinheiro. Vamos pegar os segmentos de petróleo e gás, elétricas e construção como exemplos. Todos precisam de dinheiro. A saída é o mercado de capitais que, por sua vez tem duas alternativas. Ou faz dívida privada dele, emitindo debêntures, bonds, ou ele vem para o mercado de ações", disse o presidente da Bolsa após ter participado da 11ª edição do Desafio BM&FBovespa.

Edemir entende que a situação econômica do País está mudando para melhor e que o mercado de ações será um dos grandes beneficiados. "Estamos diante de um choque de capitalismo e 2017 será o início deste choque", disse o presidente da BM&FBovespa, citando a primeira oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa de diagnósticos Alliar, após 18 meses.

O executivo contou que "tínhamos quase 70 empresas represadas por conta desta secura de IPOs no Brasil". Mas para ele, a partir do ano que vem, estas operações acontecerão com maior frequência por conta da retomada em curso da confiança na economia.

"Pela primeira vez depois de 13 anos, a equipe econômica é um time. As pessoas foram para o governo para por o trem no trilho. Não porque gostam do (presidente Michel) Temer ou do PMDB", comentou.

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